O 15 de Novembro é uma data que, para muitos, se resume a um feriado, um dia a mais no calendário repleto de compromissos e obrigações. Contudo, essa data carrega um significado que vai além do descanso: é um chamado à ação, uma oportunidade para refletirmos sobre o que realmente representa a democracia em nosso país.
Neste dia, celebramos a Proclamação da República, um marco que simboliza a luta pelo poder do povo, a voz da cidadania e a construção de uma nação onde todos têm o direito de opinar e participar. No entanto, a história recente nos mostra que essa conquista ainda está longe de ser plenamente compreendida e respeitada. Em um contexto onde a polarização e o extremismo se intensificam, observamos com preocupação a ascensão de figuras que, em nome de ideais distorcidos, ameaçam a própria essência da democracia.
Recentemente, a tentativa de um “tiuzinho” fanático de explodir o Supremo Tribunal Federal (STF) nos remete a um cenário assustador. Esse ato não é apenas um ataque a uma instituição, mas uma afronta à convivência pacífica, ao diálogo e ao respeito mútuo que deveriam ser os pilares de uma sociedade democrática. É um lembrete sombrio de que a democracia não é uma conquista garantida, mas um processo contínuo que exige vigilância, engajamento e, principalmente, educação.
Ao celebrarmos a República, devemos nos perguntar: O que estamos fazendo para proteger e fortalecer a democracia? É fundamental que cada um de nós assuma a responsabilidade de ser um cidadão ativo, que questiona, debate e se posiciona. O feriado deve ser um momento de reflexão sobre nosso papel na sociedade, sobre como podemos contribuir e construir um ambiente em que a diversidade de opiniões seja respeitada e onde a violência, seja ela física ou verbal, não tenha espaço.
Portanto, que este 15 de Novembro nos inspire a agir. Que possamos transformar a comemoração em um compromisso: o compromisso de lutar por uma democracia verdadeira, onde todos tenham voz, onde a diferença seja celebrada e onde a paz e a justiça sejam os alicerces de nossa convivência. A história nos ensinou que a liberdade e a justiça não são dadas, mas conquistadas. Que possamos, juntos, continuar essa luta.
Sobre o autor: Denilson de Paula Costa, é especialista em história cultural, membro da academia militar e coautor do livro “Encontros com a história e a cultura africana e afro-brasileira”.
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