São Paulo, 25 de julho de 2015 – Hotel Capcana
Texto e fotos – Jader Nicolau Júnior
FEAFRO 3 – 29, 30 E 31 de outubro de 2015 outubro -Expo Center Norte – São Paulo – SP – Brazil
No chá da tarde promovido pela FEAFRO (Feira Internacional Afro-etnica Negócios e Cultura) em comemoração ao dia da Mulher Negra afro-caribenha como convidada especial, contaram com a presença de Tia Eron, deputada Federal – PRN – BA, classificada no pleito eleitoral de 2014 no 15 lugar com 116 mil votos e presidente do PRB do estado da Bahia, onde é a primeira negra a ocupar este cargo. Tia Eron, teve 4 mandatos como vereadora em Salvador.
A deputada, frisou a importância do reconhecimento de Tereza de Benguela como exemplo de resistência das mulheres negras deste pais. Como sugestão ela convocou a todas a formarem um time e fortalecer a luta visando um melhor posicionamento em todos os sentidos das mulheres negras da diáspora.
As empresárias, Daniela Andrade,Andrea Pitta, Amanda Braga, Thabata Yamauchi, e Dra. Maria do Carmo da Muenin Cosmésticos, a convite da anfitriã da Feafro, Silvana Saraiva, se auto-apresentaram, com falas de ampliar, os negócios e troca de experiências entre si para que todas possam crescer.
Silvana Saraiva, aproveitou para fazer um pequeno relato de sua viagem ao continente africano, visitando entre os seus 54 países, 4 deles, os quais são: Guiné Equatorial, Burkina Faso, Costa do Marfim e Nigéria, citando mulheres em cargos importantes que por lá se encontrou. Frisou também a inexistência de gestores negros no governo federal que tratam de assuntos com África.
Outro convidado especial, foi o Secretário Municipal da Igualdade Racial de São Paulo, Maurício Pestana, que ao responder a pergunta feita pela Dra. Maria do Carmo, da Muene, ele citou o segundo evento que envolve as empresas de grande porte, o qual ocorrerá em novembro, para buscar maior sensibilização dos empresários à diversidade do nosso pais que deve se estender ao mercado de trabalho.
Tereza de Benguela, demorou cerca de 200 anos para ser reconhecida, pela sua resistência ao regime escravocrata e cada vez mais temos encontrado histórias de bravura feita pelos negros e negras para construção de um Brasil melhor.
Tereza de Benguela e o dia da mulher Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas
A referencia às mulheres negras latinas, foi criada em “25 de julho de 1992 no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana, como marco internacional da luta e da resistência da mulher negra”.
No Brasil, em 2014, foi aprovado uma lei para que neste dia a lembrança de Tereza de Benguela, estimule as mulheres negras a vencerem os seus desafios duros e severos. Portanto, 22 anos depois deste encontro, aqui no Brasil se inicia de forma oficial o reconhecimento de mais uma personagem ausente de nossa história contada as avessas, incluindo apenas heróis brancos.
Mas voltando a falar da heroína nacional, Tereza de Benguela, natural de Vila Bela da Santissima Trintade, no século 18, quando a cidade era capital do estado do Mato Grosso. Tereza, que lutava contra o regime escravocrata, e foi líder da comunidade quilombola de Quariterê com aproximadamente 3 mil pessoas, entre elas índios, brancos e outros de colônias espanholas vizinhas.
Tereza de Benquela era conhecida como rainha, pois comandou o quilombo por mais de vinte anos, até ser aniquilado pelos gestores da capitania da época.
Você pode assistir nestes links, reportagens de vídeo interessantes:
http://globotv.globo.com/tv-centro-america/e-bem-mato-grosso/v/a-historia-de-tereza-de-benguela-uma-mulher-negra-guerreira-que-liderou-um-quilombo/4055980/
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