O movimento da beleza inclusiva está redefinindo a indústria, redes sociais e a mídia em geral e veio pra ficar
A chamada beleza inclusiva está se tornando um marco para a indústria da beleza, de maquiagem de gênero neutro a cuidados pessoais masculinos, diversificando os nichos e criando grandes oportunidades para empresas e marcas de beleza.
Aqui você verá:
> O que é Beleza Inclusiva?
> Os nichos que definem o futuro da beleza inclusiva
> Por que isso está em alta agora?
> A mídia e as redes sociais também estão se valendo disso
> Pesquisa por tipo de cabelo
> Como funciona essa tecnologia?
> Filtro de pesquisa baseado no tom de pele
> Avanços a serem feitos
O que é Beleza Inclusiva?
A beleza inclusiva se refere à beleza que atende a todos os indivíduos, independente de sexo, idade, religião, tom de pele, tipo de pele etc. E abrange os modelos apresentados em anúncios às marcas veiculadas em lojas de varejo, desenvolvimento de produtos e até algoritmos de redes sociais.
A inclusão na beleza visa atrair uma gama mais ampla de consumidores do que a indústria da beleza tradicionalmente visou. Isso também inclui formulações de produtos de beleza, embalagens, design de produtos como por exemplo, acessórios de maquiagem projetadas para pessoas com deficiência motora, que tornam a beleza mais acessível.
Os nichos que definem o futuro da beleza inclusiva
A aparência masculina se expandiu além de produtos básicos de higiene para incluir, sabonetes faciais, produtos para barbear, hidratantes, cremes para os olhos, máscaras faciais, protetor solar, maquiagem e muito mais nas últimas décadas.
E com relação às pessoas negras, embora tenha havido um crescimento expressivo em torno de um direcionamento mais eficaz às pessoas negras no setor da beleza, ainda há muito a ser feito.
As corporações existentes têm se concentrado no crescimento de marcas fundadas por pessoas negras para atingir disparidades em produtos de beleza tradicionais e atender a mercados mal atendidos. Os consumidores negros brasileiros respondem por mais de R$ 1 trilhão em poder de compra.
A falta de representação vai além dos tons de base e do marketing, os dermatologistas negros representam uma porcentagem muito baixa da área aqui no Brasil, o que tem efeitos marcantes no desenvolvimento de produtos de beleza. A pele mais escura reage de maneira diferente às condições da pele, como acne, eczema e queloides, e é mais suscetível à hiperpigmentação devido a maior produção de melanina. Mas muitos produtos são testados em tons de pele mais claros, ignorando totalmente sua eficácia para pessoas com tons de pele diferentes.
Por que isso está em alta agora?
Mesmo o termo “beleza inclusiva” não ter sido mencionado anteriormente, essa tendência tem tido um crescimento lento e constante nas últimas décadas. Em 2017 houve um marco, quando a marca Fenty foi lançada em com 40 tons de base diferentes, que desencadeou uma mudança na indústria de maquiagem, e além disso, ter como suas embaixadoras mulheres “fora dos padrões” como mulheres acima do peso e superando a tuto e todos tendo a primeira embaixadora negra com nanismo. Este momento revolucionário da beleza fez outras marcas perceberem que a diversidade é uma prioridade, e não uma reflexão tardia.
Agora, à medida que os consumidores procuram cada vez mais produtos que se pareçam com eles, ou mesmo que sejam personalizados para eles, e exigem responsabilidade das empresas em relação às suas práticas de diversidade e inclusão, a beleza inclusiva se tornou mais importante do que nunca.
A mídia e as redes sociais também estão se valendo disso
O Pinterest é um site social onde você pode coletar e compartilhar imagens de qualquer coisa que achar interessante. Você também pode descobrir visualmente novos interesses navegando nas coleções de outros usuários do Pinterest.
Se você estiver interessado em um assunto, como maquiagem ou decoração, você encontrará imagens do seu interesse as quais pode salvar e organizar em pastas para catalogar seus interesses e inspirações.
Pesquisa por tipo de cabelo
Diariamente, milhões de pessoas acessam o Pinterest em busca de inspiração para cabelo, maquiagem e beleza.
O Pinterest tem se dedicado em redefinir a representatividade online para todas as pessoas. E o mais recente avanço na pesquisa de beleza inclusiva com o lançamento da pesquisa de tipo de cabelo, uma tecnologia inédita criada pensando nas pessoas negras e latinas. Isso incentiva os usuários a buscar inspiração para vários tipos de cabelos.
Como funciona essa tecnologia?
Por meio da detecção de objetos por computador acionada pela visão, a pesquisa de tipos de cabelo permite que o Pinterest refine a busca usando seis tipos de cabelo diferentes: penteados, crespos, cacheados, ondulados, lisos e raspados/careca. As pessoas poderão pesquisar termos genéricos, como “penteados de festa”, “trança nagô” ou “cabelo curto”, e restringir os resultados selecionando um dos seis tipos de cabelos para encontrar a inspiração mais relevante ao seu estilo e preferência. O Pinterest detectou um tipo de cabelo (por exemplo, crespo, cacheado ou penteados protetores) entre mais de 500 milhões de imagens na plataforma.
Filtro de pesquisa baseado no tom de pele
Essa nova tecnologia é baseada no primeiro produto inclusivo do Pinterest no setor, o recurso de gama de tons de pele, lançado em 2018. Ele não só marca um grande avanço da inclusão na tecnologia, mas também é uma resposta às milhões de pessoas que buscam uma forma mais fácil de encontrar inspiração mais relevante para os seus cabelos e tom de pele.
Avanços a serem feitos
Embora o recente impulso em direção a tendências de beleza mais inclusivas tenha sido um excelente começo, ainda há muito trabalho a ser feito para envolver as população negra.
Em muitos casos, o termo “inclusivo” está sendo usado como uma palavra da moda na indústria da beleza para impulsionar as vendas. As grandes empresas de beleza precisam integrar mais modelos étnica e racialmente diversas em suas campanhas.
Para desenvolver produtos verdadeiramente inclusivos, eles precisam contratar tomadores de decisão executivos-chave que sejam negros e negras.
Nesse ínterim, as mulheres negras não precisam aceitar não ser vistas. Podemos criar nossos próprios padrões de beleza que refletem e celebram nossas diferenças autênticas e únicas, apoiando as marcas que realmente nos veem.
É um caminho que estamos pavimentando, e não devemos sessar de requerer mais representatividade para que os nossos tons de pele retintos e cabelos volumosos sejam consideradas pelas marcas de cosméticos e pela mídia.
Deixe nos comentários quais ações a mídia redes sociais e empresas de cosméticos devem executar para inserir de fato a beleza inclusiva.
Sigam-me os bons…e as boas!
@marianaumake

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