Setembro é mês de celebrar Auta de Souza, uma das primeiras poetisas do Brasil, e seu legado literário. Sua vida e sua obra são um testemunho da força da poesia e da capacidade dela de nos ajudar a compreender o mundo ao nosso redor.
Auta nasceu em Macaíba, no Rio Grande do Norte, em 12 de setembro de 1876, teve uma vida breve, mas intensa. Aos três anos, perdeu a mãe, e aos cinco, o pai. Foi criada pelos irmãos mais velhos e estudou no Colégio São Vicente de Paula, em Recife.
Desde a infância, Auta demonstrava um talento natural para a poesia. Seus primeiros poemas foram publicados em jornais e revistas do Rio Grande do Norte, antes de publicar seu único livro, Horto, em 1899. A poetisa foi uma das primeiras escritoras negras a publicar livros no Brasil.
Horto é um livro de poemas líricos, marcados pela temática da morte, do amor e da saudade. A poetisa explora temas como a beleza da natureza, a dor da perda e a esperança de um mundo melhor.
Esta mulher desafiou convenções em uma época em que o espaço para mulheres na literatura era limitado. A obra de Auta de Souza foi elogiada por críticos e poetas da época. Olavo Bilac, um dos maiores poetas brasileiros, a chamou de “a mais bela alma do Brasil”.
Auta de Souza é considerada uma poetisa mística, porque sua obra explora temas profundos e existenciais, como a vida, a morte, o amor e a saudade, alem de questões espirituais e religiosas, refletindo sua profunda fé e conexão com o divino. Suas palavras são capazes de tocar o coração do leitor e de despertar nele reflexões sobre a existência humana.
Sua vida foi breve. Auta morreu aos 24 anos de idade. Após sua morte, em 1901, a obra de Auta de Souza foi redescoberta e apreciada, continuando a inspirar gerações de escritores e leitores.
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