Vou me vestir de borboleta
pra passear por aí.
Mas guarde sua ampulheta,
você só terá tempo de ver
a silhueta da menina-borboleta
deixando o casulo ali.
É o meu vestido-borboleta,
da cor malagueta…
foi ele que eu vesti!
E por favor, prometa,
não mexer nas minhas gavetas
enquanto eu não estiver aqui.
E eu vou pousar na tua janela,
nos teus vasinhos de violeta,
mas vou ficar por pouco tempo,
seu menininho xereta.
Vou do oiapoque ao chuí,
contando pra todos ali,
que foi na tua saleta,
brincando de borboleta
que fui embora, meu amor,
de carona em um cometa.
(Daíse Lima)
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