Em fase de pré-produção do novo espetáculo, a Companhia Ágata de Artes abre seu processo de pesquisa ao público, discutindo Ancestralidade, Umbanda, Candomblé e Intolerância Religiosa
Tendo as suas origens na religião e na mitologia grega, mais diretamente, no culto ao deus Dionísio, o teatro narrou feitos heroicos da antiguidade em grandes tragédias. Foi adotado pelo catolicismo na Idade Média com seus Autos Catequizadores e renasceu em caráter popular com o Teatro Moderno. Virou indústria de entretenimento como Teatro Musical, enfrentando e sobrevivendo a concorrência do Rádio e da TV, driblou a ditadura e a censura. Em tempos mais atuais, virou Teatro On-Line na Pandemia do Covid-19 e continua reinando, mesmo sob a febre da Netflix.
O teatro sempre esteve presente, jamais ausente, nunca silencioso, na história da humanidade e nas suas transformações.
Completando 23 anos de produções ininterruptas, a Companhia Ágata de Artes refaz o encontro do teatro com as suas raízes religiosas, se inspira no assassinato da Ialorixá Maria Bernadete Pacífico, na carreira da cantora Clara Nunes e nas religiões de matriz africana, para discutir ancestralidade e intolerância religiosa, que deram a companhia, a origem a uma nova dramaturgia e a oportunidade de abrir seu processo criativo ao público em geral.
CONHECENDO A ANCESTRALIDADE ATRAVÉS DO TEATRO
A partir do dia 28 de Abril a Ágata irá promover encontros e vivências que fazem parte do novo trabalho, e tem como título provisório de “Terreiro dos Aflitos”, introduzindo todos os participantes no histórico da Ancestralidade Brasileira, na Dança Indígena e Africana, Mitologia dos Orixás e ainda na Introdução a Técnicas Teatrais, onde alguns selecionados irão participar da montagem e apresentação do espetáculo da Companhia, com previsão de estreia para o segundo semestre.
“O objetivo destas vivências é promover o encontro das pessoas com o Teatro, discutirmos a intolerância religiosa e dissipar qualquer tipo de preconceito contra as religiões de matriz africana”, garante o diretor da Companhia Ágata, Silvio Tadeu.
RACISMO RELIGIOSO ATUAL
Uma pesquisa coordenada pela Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras aponta que, quase a metade de 255 terreiros registraram até cinco ataques a seus espaços religiosos nos últimos dois anos, tendo aumento de até 106% em denúncias entre os anos de 2021 e 2022.
“Toda forma de preconceito ou discriminação que a humanidade propõe há séculos, para si mesma, serve para manter acesa a essência selvagem, combinada com a necessidade de controle humano.” completo Alexandre Cuba, gestor da Trinca Produtora, que atualmente representa a Companhia Ágata e irá coproduzir ”Terreiro dos Aflitos”.
ESPETÁCULOS QUE DISCUTEM A SOCIEDADE
Fundada em 2001, a Companhia Ágata de Artes vem perseguindo discussões sociais em seus últimos projetos, abordando temas como:
Homofobia: “O Retrato de Oscar Wilde”, e o racismo sob a ótica feminina no espetáculo: “Mulheres Negras”.
Clássicos como “Hamlet”, de Willian Shakespeare e “O Cortiço” do brasileiro Aluísio Azevedo também foram visitados pela Cia durante seus 23 anos de existência.
SERVIÇO:
“TEATRO E ANCESTRALIDADE”
CONTEÚDO:
Ancestralidade: o que é e qual a importância?
Dança Indígena
Dança Africana
Vivência de dança Indígena com tambor e outros elementos
Vivência de dança africana
Mitologia: O que é? Qual a importância?
Mitologia dos Orixás
Dança dos Orixás
Dança Afro Contemporâneo
Introdução à dança percussiva
Dança Percurssiva
Introdução a Técnicas Teatrais
Análise do Texto e Personagens: “Terreiro dos Aflitos”
Ao final do processo, alguns selecionados irão participar da montagem e apresentação do espetáculo.
A partir de 28/04
Maiores Informações sobre como se inscrever para as vivências. “Teatro e Ancestralidade” poderão ser obtidos através do WhatsApp: (11) 98678-5420.
Aberto a todos que se interessa por Ancestralidade, Religião de Matriz-Africana ou Teatro, com ou sem experiência.
Por: Carvalho Oliveira – MTB: 79.298-SP – (11) 98678-5420
Deixe um Comentário
Você deve logar para comentar