O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, no poder desde maio de 2015, tinha duas bandeiras, entre outras de campanha, durante o processo eleitoral: combater a corrupção e o grupo extremista Boko Haram.
A corrupção, que é endêmica no país, parece fazer parte da cultura de fazer politica na Nigéria. Estar no governo significa ter uma porcentagem das licitações públicas para seu grupo étnico e sua região de origem. Masparece estar encontrando em Buhari um duro governante.
Agora descobriram que nada mais que o líder da oposição, do Partido Democrático Popular, desviou recursos de compra de armamento para combater o Boko Haram.
Bello Haliru Mohammed, dirigente interino do Partido Democrático Popular (PDP) e antigo ministro da Defesa, foi acusado, juntamente com o seu filho, Bello Abba Mohammed, de abuso de confiança e lavagem de dinheiro pelo Alto Tribunal Federal de Abuja.
Bello Haliru Mohammed dirigiu em 2015 a campanha eleitoral do ex-Presidente Goodluck Jonathan, que não conseguiu ser reeleito, derrotado por Muhammadu Buhari.
Segundo a Comissão dos Crimes Econômicos e Financeiros, o antigo ministro e o seu filho teriam recebido, durante a Presidência de Jonathan, 300 milhões de nairas (1,4 milhões de euros) dos serviços do conselheiro para a Segurança Nacional, Sambo Dasuki, principal acusado neste caso de desvio de fundos massivos associado a contratos de armamento.
O dinheiro desviado serviu designadamente para financiar a campanha eleitoral de Jonathan.
Sambo Dasuki era um homem-chave no regime Jonathan. Outras figuras políticas do PDP e magnatas da comunicação social também já foram acusados neste caso.
Bello Haliru Mohammed e seu filho declararam-se inocentes e a audiência foi adiada para quinta-feira para decidir a sua eventual prisão preventiva ou libertação sob fiança.
Na foto, Bello Haliru Mohammed à esquerda e o ex-Presidente Goodluck Jonathan,
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