Para muitos governos africanos a Internet ainda constitui um profundo mistério e, como tal, uma perturbante fonte de receio, uma vez que se trata de um meio de informação que não sabem como controlar. É por isso que sempre que se registra algum foco de tensão mais grave em determinado país, a Internet é dos primeiros meios de informação a ser neutralizado de modo a impedir a sua utilização para fins alegadamente “subversivos”.
Há também, a pouca determinação das empresas criadoras e gestoras do produto em chegar, de forma efetiva, junto dos potenciais consumidores e, também, pelos altos preços que praticam e que a tornam inacessível a uma esmagadora maioria das pessoas. Podem existir inúmeras razões técnicas e economicamente válidas para explicar a alta dos preços das comunicações feitas em África, mas o fato é que algo tem de ser feito para reverter a situação, sob pena do continente ficar definitivamente à margem do mundo das novas tecnologias de informação e, sobretudo, de comunicação.
No sentido oposto a este, países como Angola, África do Sul e Zimbabwe, Cabo Verde, Ruanda adotaram criativas e bem sucedidas estratégias políticas que viabilizaram um avanço significativo no sentido do aumento do número de utilizadores da Internet.
Os países que assim decidiram disponibilizaram meios colectivos de acesso à rede que não só contribuíram para diminuir os custos de utilização, como criaram as condições para que os próprios utilizadores se relacionassem mais intimamente com esse tipo de produto. O progresso e o desenvolvimento do continente africano, para ser efectivo e sustentado, tem que ser feito integrando os mais modernos meios que permitam um melhor conhecimento das novas tecnologias
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