O Portal Afro participou da abertura da exposição “Intersecções: Negros (as) indígenas e periféricos (as) na Cidade de São Paulo” que ocorreu no dia do aniversário da cidade, 25 de janeiro
Na ocasião, personagens ilustres também foram homenageadas. Uma delas foi a empresária Maria do Carmo Valério Nicolau, empresária que criou a marca de cosméticos Muene, específica para peles negras, há 25 anos.
Natural do interior do estado, Drª. Maria do Carmo, que também é professora, advogada, jornalista, escritora e empresária, idealizou e desenvolveu uma variada linha de produtos criados especialmente para mulheres negras. Trata-se de batons, blushes, rimeis, delineadores, pós compactos, sombras e pancakes. Sua intenção de criar uma linha de produtos de beleza específica para peles negras a levou a dialogar com profissionais da área química para que buscassem criar tons que acolhessem as especificidades dos diversos tons de peles das mulheres afrodescendentes. Pois o empenho de Maria do Carmo foi reconhecido durante a mostra que visa celebrar também as múltiplas facetas de personagens ilustres que contribuíram para o desenvolvimento da capital paulista.
Sobre a mostra, segundo a organização, o objetivo é justamente compartilhar as vivências das populações negras, indígenas e periféricas que residem na capital. Nesse sentido, são apresentados mais de 300 objetos como pinturas, vídeos, fotografias, instrumentos musicais e figurinos das mais diversas linguagens artísticas que foram criados por mais de 100 artistas paulistanos nos últimos 40 anos.
Dividida em três eixos convergentes, a exposição apresenta importantes movimentos artísticos e culturais que fomentaram as narrativas negras, indígenas e periféricas que foram, durante décadas, ignoradas.
Vale ressaltar que a mostra, que é gratuita, ficará em cartaz no Museu da Cidade, de 25 de janeiro até o fim de julho. A visitação acontece de terça a domingo, das 9h às 18h.
Para Jader Nicolau Jr., criador do Portal Afro, a mostra tem o mérito de apresentar uma “nova visão da cidade de São Paulo através do trabalho realizado por pessoas que compõem as comunidades indígenas, negras e periféricas. A exposição retrata situações de vida destas populações, destacando aspectos culturais e sociais como rodas de samba, pagodes, criações literárias, entre outras diversas vertentes”, observa.
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