As Nações Unidas lançaram o Estudo Económico e Social Mundial 2017 destacando que progressos no desenvolvimento dependem do crescimento econômico global, da expansão sólida do comércio e do acesso constante a recursos financeiros.
África 21 Digital, com ONU News
Segundo o documento, publicado esta quinta-feira (13), a trajetória de crescimento que se seguiu à crise financeira global “não oferece o ambiente propício para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs”.
O economista Marcelo La Fleur fez parte da equipe da publicação que marca os 70 anos da pesquisa. Ele falou das lições aprendidas nesse período que os países podem utilizar no presente.
“Para o futuro da economia global se requer instituições fortes e ações internacionais coordenadas para poder alcançar as Metas de Desenvolvimento Sustentável. Também achamos que é muito importante que se estabeleça uma estabilidade nos sistemas monetários e de comércio internacionais como fundamento no sistema de desenvolvimento humano. Quando não existe isso se retrocede muito no progresso para o desenvolvimento humano.”
O estudo defende que deve haver uma cooperação maior e mais profunda em setores fundamentais como a área fiscal.
Lusófonos
Marcelo La Fleur falou do possível impacto dessa coordenação usando o exemplo de algumas nações de língua portuguesa como um bloco que representa realidade diferentes.
“Portugal tem uma perspetiva dentro da União Europeia fundamental e uma voz importante também nesse bloco económico e político muito influente nas decisões. Na África, Angola e Guiné-Bissau têm perspetivas muito diferentes e suas realidades, necessidades e sociedades muito diferentes requerem uma aplicação, no caso deles, de acordo com as suas realidades. O Brasil, um gigante económico em várias formas, é um exemplo de um país que combate há muitos anos a pobreza e a fome e demonstra importância no desempenho económico, que é determinante para seu futuro.”
Alemanha e Japão
O estudo revela que nas últimas sete décadas, a Alemanha e o Japão aparecem como economias que experimentam um desenvolvimento econômico notável.
Entre 1950 e 1960, os protagonistas foram os chamados Tigres Asiáticos, com destaque para a regiões de Hong Kong e Taiwan na China, a Coreia do Sul e Singapura.
As últimas décadas foram marcadas pelo desempenho positivo de países da Ásia e Pacífico, do Botswana, da China e da Índia pelo seu alto crescimento econômico e sustentado, além da melhoria nos padrões de vida.
O documento do Departamento dos Assuntos Económicos e Sociais da ONU (Desa) indica que a solidariedade que foi demonstrada para alcançar a Agenda de Desenvolvimento do Milénio, entre 2000 e 2015, resultou em sucessos.
https://africa21digital.com/2017/07/13/29676/
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