OGO IYA MI ( A GLÓRIA DE MINHA MÃE – LA GLOIRE DE MA MÈRE) MULHERES NEGRAS AS VERDADEIRAS E MAIORES HERÓINAS DA NAÇÃO INVISÍVEIS À MÌDIA E HISTÓRIA DO PAÍS
Minha mãe,minha tia e minha avó assim como todas negras chefes de família da África e Diáspora são fascinantes que têm histórias de vida que estão inspirando mulheres ativistas nos meios universitários e de ensino médio e fundamental na África sobretudo na África do Sul ( sobretudo nos Centros de Estudos dos Bantustans que eram focos da resistência antirracista ao Apartheid que levaram ao fim do regime segregacionista no país ) e Nigéria a aderirem ao feminismo negro decolonial a partir do Romance Oriki meu Ogo Iya mi ( A Glória de minha mãe ) com acessos em yorubá por intelectuais e acadêmicas até mesmo em cidades do front da guerra da Ucrânia, ainda que minha mãe e minha avó tenham tido nem 4 anos de ensino fundamental e portanto os valores civilizatórios dos mitos africanos de suas ancestrais negras ( ainda que minha avó fosse protestante) são arquétipos de comportamento que as influenciaram e formaram de fato muito mais que toda educação formal de apenas 4 anos para que fossem chefes de família como a maior a maior parte das mulheres beneficiárias dos programas sociais dos governos progressistas que tivemos e que se inspiram sobretudo em frases dos orikis de Yansã ( que minha mãe é filha ) como ” , Mãe de Nove Filhos, Aquela que cuida das Crianças, Mulher Suave como o Sol que se vai, Mulher Revolta como o Vendaval , Mãe que doma a dor da desonra, Mãe que doma a dor do vazio , Mãe que doma a dor da tristeza, Mãe que doma a dor da Miséria, Quem não sabe que Yansã é mais que o marido, Yansã é mais que o Alarido de Xangô ” ou como no caso de minha vó quando cuidou dos filhos de suas colaboradoras e que tem origens e raizes no em mitos como o de Yemanjá que dizem ” Seu filho será alimentado e cuidado , Minha mãe Awoyo é maior que aquela que tem roupas ( em alusão que as mulheres negras eram maiores que as brancas que levavam as crianças para lhes servirem escravizando-as ) “e que deram origem a instituição dos agregados no Brasil, África e toda Diáspora ( junto a influências locais é claro ) e combateram e mudaram todo panorama da escravidão doméstica na África e delinearam todo o comportamento das mulheres nas senzalas da diáspora que cuidavam dos filhos umas das outras como se fossem seus próprios em nome desses mitos e que hoje ainda que tentem demonizá-lo em nome da interpretação de um livro que já foi interpretado para justificar a escravidão de nosso povo por mais de 400 anos dizendo que não tínhamos alma e que rendeu ao Vaticano 10% de todo capital do tráfico negreiro nestes séculos que ainda que peça desculpas está presente no ouro que ostenta e em seu patrimônio material e financeiro, mulheres negras que seguem este livro, ainda que demonizando estas tradições pela interpretação de um dogma, que diz que sua cultura ancestral e seus valores civilizatórios são demônios , não faz com que estas mulheres negras deixem de estar influenciadas pelos valores civilizatórios destes mitos quando em suas comunidades em seus quintais e salas e as vezes ainda que sejam um único cômodo cuidam dos filhos das outras negras como fossem os seus próprios assim como se fazia nas senzalas e na África inspirado em mitos como o de Yemanjá que segundo seus pastores analfabetos e criminosos são o demônio, ou quando vestem-se de búfalo figuradamente para ir trabalhar para alimentar seus filhos como chefes de família assim como fazia Yansã que é também um arquétipo de comportamento que imitam , ou minha tia que saiu do jugo de uma adicção e dependência química levada pelos valores de sua ancestralidade africana quando teve que seguir e assumir seu papel de matriarca de sua família que lhe fora relegado após a morte de minha avó até então a matriarca, de tal forma que este dever da ancestralidade africana de negra que é ( e não nenhuma salvação religiosa protestante cristã da tradição do colonizador branco ) a tenha levado a lutar contra sua adicção e dependência química e neste caminho inspirando a liberação de várias mulheres negras mesmo ainda e principalmente na África ( principalmente e que ela nem tem ideia ) a liberar se do processo assim como ela em nome do dever do matriarca para com seus descendentes assim como reza a tradição de nosso valores civilizatórios de mitos como Yemanjá ainda que ela hoje seja espirita cristã ( pois isso não tem nada a ver com religião, mas sim civilização ancestral e valores identitários). Pois é mulheres negras fascinantes como estas que são a maioria das mulheres do país e nossas verdadeiras heroínas inspiradas em suas heróinas míticas africanas seguem estes arquétipos de comportamento em suas vidas ainda que não saibam e que demonizem em nome da interpretação de um dogma religioso estes valores civilizatórios, veneram, como minha mãe,novelas que nada ensinam ou instruem, e ao contrário deseducam e , de hegemonia cultural branca que relega a mulheres como elas papeis servis e subalternos longe do mérito de verdadeiras heroínas que são e indicando que devem contentar-se com o papel submisso e humilhante de menor prioridade e maior opressão em nossa sociedade. Sendo que suas estórias inspiram até mesmo africanas e na verdade deveriam ser estas os temas de suas novelas que seus filhos e elas assistem passivamente e que as desonram e ofendem profundamente ao que representam ao legado histórico do país de fato que em nada as reconhece e de fato as desprezam. E que ainda além de tudo não são reconhecidas em símbolos nacionais que deveriam ser estes mitos de fato, assim como fazem os italianos, os gregos, os nórdicos, os egípcios e até mesmo o Irã (ainda que seja uma República Islâmica reconhece e protege como patrimônio constituinte na identidade do povo do pais os mitos pagãos persas na construção da identidade nacional ) com seus mitos formadores e valores civilizatórios de suas Nações, coisa que mostra que se até o Irã o faz, somos pior mesmo que o Nosso Talibã Cristão que demoniza tudo isso e faz com o que o professor Universitário autor da obra acadêmica sobre estes mitos e seus aspectos e valores civilizatórios na Educação seja demitido por devido avaliação de alunas cristãs que se recusaram a ler um livro acadêmico em suas formações de educadoras, ainda que haja uma lei no país que supostamente obrigue o ensino de cultura africana afro brasileira nas escolas por razões de cunho religioso seja pior que o Talibã Afegão que explode estátua de Buda patrimônio histórico Mundial. Mas o que esperar de um país que a Chefe do Executivo de orientação política progressista, esnoba o Alafin de Oyo com quem o país tem uma dívida histórica, pela escravização de toda corte mesmo após a proibição do tráfico negreiro no Atlântico ( entre eles meu ancestral Alapini de Oyo que torna-me descendente em linha direta de Xangô )e vai Chuchar o Edir Macedo da Universal na inauguração do Templo de Salomão que não tem nenhuma relação com o processo de resgate e dívida histórica do país com 80 porcento de sua população que é afrodescendente e que ainda ajudou a lhe aplicar um golpe de Estado que a retirou do poder e apoia um governo totalitário que promoveu todo o desmonte de quase todas instituições e destruiu o país. Realmente um Absurdo e que meu pai Xangô faça justiça assim como todas Ayabás e deixemos esta visão submissa e colonizada em nossa Educação. Kawo. Kabiyesi l´Oba. Ore Yeyeo Iya Ori mi Osun, Eparrey Yansã , Odo iya Yemoja.
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