No início do século XIX, chegou à região a cultura do café, chamado de “ouro verde”: as terras férteis e o clima propício da região nesse período se destaca a cidade de Bananal.
O nome é tido como uma corruptela da palavra indígena “banani”, que significa “sinuoso”, termo indígena que designava o traçado em curvas do rio local.
Em 1836 o segundo maior produtor de café de São Paulo era Bananal, que concentrava boa parte dos fazendeiros mais ricos do vale. A princípio, os lucros obtidos com o café eram aplicados na compra de mais escravos; a exploração desses escravos envolveu novas formas de coordenação do processo de trabalho e de produção, com impacto imediato sobre a organização dos ambientes construídos das plantações cafeeiras, substituindo a lavoura de cana de açúcar. Pouco a pouco as sedes de fazenda foram transformadas em palacetes, decorados com móveis e obras de pintores europeus.
A existência negra na região à reminiscência cultural e desconsidera a presença longeva do campesinato negro. Não por acaso, foi graças à mão do negro que alavancou a construção desse país,mas muitas vezes invisibiliza os territórios das comunidades quilombolas da região. Talvez porque suas trajetórias expõem as intrínsecas conexões entre racismo estrutural e os projetos de desenvolvimento para região, voltados para fortalecimento do turismo com foco nas antigas fazendas de café. Fico pensando, onde estarão os quilombos no vale do paraiba!? Pois ainda é a carne mais barata do mercado!
“É o vento que balança a folha guiné
É o vento que balança a folha!”
Autor: Denilson Costa
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