Jax One The Beat – A responsabilidade de ser um dos técnicos de som da gravação do palco mundo, no Rock in Rio 22, onde cuidou da gravação dos shows das maiores estrelas da musica.
Pepe Jacques Lamah, mas conhecido como, Jax One The Beat, veio de Guiné (costa oeste da África) para o Brasil e mesmo sendo formado em economia na Guiné, resolveu se profissionalizar em produção musical e tornou-se produtor direcionado a world music. Hoje, já residente no Brasil há 06 anos e com seus 29 anos de idade, já é considerado um dos maiores técnicos de som, e com seu conhecimento, inicia agora a produção musical de artistas africanos no Brasil.
O repórter William Lemos esteve com o produtor Jax One The Beat e conversou sobre sua experiência no Rock In Rio 22, o maior festival de musica no mundo.
Show do cantor Hiosaki no Rock In Rio 22.
WILLIAM LEMOS P – Jax, porque escolheu o Brasil como sua nova morada, e há quanto tempo vive aqui?
JAX R – Eu vivo aqui há 06 anos. Bem! Foi uma historia inacreditável. Eu venho de uma família evangélica lá do Guiné, ou seja, meus pais são pastores, e eu cresci na igreja, comecei a ouvir musica e mexer em instrumentos musicais com cinco anos de idade. Quando terminei a faculdade de economia em 2014, comecei a tocar numa banda que rodava todo o meu país, daí em 2016 a banda foi contratada para tocar no Brasil, e quando aqui cheguei decidir ficar, e não voltei para casa. Eu resolvi me profissionalizar e trabalhar com musica, e sempre digo, eu não escolhi o Brasil para morar, mas o Brasil me escolheu…
WILLIAM LEMOS P – Jax, quando surgiu essa paixão pela musica e em que momento você decidiu se profissionalizar como produtor musical?
JAX R – Como havia dito! A minha paixão pela música começou com 05 anos de idade, quando criança eu tocava de tudo, porém meu pai sempre quis que eu me formasse, para meu pai e grande maioria das pessoas do meu país, ser musico era como ser vagabundo, e daí eu tive que me formar em economia para só depois ir para a musica. A minha profissionalização musical se deu aqui no Brasil desde 2016, assim que cheguei eu vi aqui uma oportunidade, trabalhei como auxiliar administrativo para pagar os cursos de musicas, sou tecladista, produtor, arranjador e agora me considero um profissional na área.
WILLIAM LEMOS P – Como foi a sua experiência de fazer parte da equipe que cuidou da gravação do som do palco principal do Rock In Rio 22?
JAX R – Foi a minha maior experiência musical. Trabalhei em um estúdio de gravação, no qual gravava o palco mundo, onde se apresentou os maiores artistas do planeta. Eu aprendi bastante fazendo as gravações do som, que na verdade, era o som que era transmitido para a rádio. O que eu mais gostei foi ver como os profissionais de fora são focados. Tivemos alguns pequenos problemas no inicio com a dúvida de qual mesa iríamos usar, mas no final deu tudo certo.
WILLIAM LEMOS P – Fale um pouco sobre a sonoridade das grandes estrelas que você trabalhou no Rock In Rio 22?
JAX R – A sonorização foi incrível, porém, houve diferenças de sons entre os artistas do palco mundo, exemplo? O som do Justin Bieber era mais baixo, porém perfeito, uma qualidade usada pelos seus técnicos de som que eu fiquei admirado, já o som da cantora brasileira, Ivete Sangalo, era mais alto, e deixava a gente mais agitado… houve grandes sons, gostei também do som da cantora europeia a Rita Ora, perfeito.
WILLIAM LEMOS P – Você teve contato com algumas dessas estrelas da musica mundial?
JAX R – Eu cheguei a ver a passagem de som deles, porém, contato tive só com alguns instrumentistas. A maioria dos artistas não fazia passagem de som, só os músicos, os artistas chegavam na hora de fazer o show. Eu queria também informar que toquei no Rock In Rio como tecladista com o cantor cearense, Hiosaki, uma das grandes revelações da musica jovem brasileira.
WILLIAM LEMOS P – Depois dessa grande experiência, quais são seus planos?
JAX R – Estou produzindo alguns artistas, africanos e brasileiros, e em breve todos irão ouvir eles. Na verdade já lancei um, que é On Oliver, um cantor angolano que vem com o ritmo de afrobeat. Tenho também interesse em trabalhar com trilha sonora para cinema e televisão, enfim! Estou abrindo um Label para produzir artistas musicais nacionais e internacionais, e aberto a novas experiências musicais.
WILLIAM LEMOS P – Pretende voltar ao seu país para produzir artistas na área da música?
JAX R – Faz quase 06 anos que não volto ao meu país. E claro que quero trabalhar com artistas do Guiné, quero levar para o meu país o melhor técnico e produtor musical… que sou eu (rir).
Quero aproveitar e deixar aqui meus contatos para os artistas que queiram produzir seus trabalhos na linha do funk, afrobeat, black music que entrem em contato comigo.
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