Uma exposição concebida pela Cité de la musique – Philharmonie de Paris, produzida e realizada pelo Sesc São Paulo
A mostra chega ao Brasil para ocupar o espaço expositivo do Sesc 24 de Maio, com abertura no dia 14/3
A partir de 14 de março, o Sesc 24 de Maio, localizado no centro da capital, apresenta a exposição produzida e realizada pelo Sesc São Paulo concebida pela Cité de la musique – Philharmonie de Paris, Jamaica, Jamaica! que chega ao país vinda da instituição francesa, onde ficou em cartaz no ano passado.
A mostra, com curadoria do jornalista e diretor cinematográfico francês Sébastien Carayol, terá visitação até 26 de agosto.
Um panorama cronológico e histórico sobre a música jamaicana é demonstrado em oito núcleos, nos quais, em conjunto, traçam um olhar político, social e cultural, tendo a produção musical da ilha como fio condutor desta história, além das pesquisas realizadas pelo núcleo sobre a expansão da música jamaicana no Brasil – Maranhão, Bahia e São Paulo.
Ao ocupar o quinto andar do Sesc 24 de Maio, equivalente a 1.300m², a exposição pretende mostrar que o país caribenho, berço de uma das principais correntes musicais da segunda metade do século XX, tem mais do que reggae e seu ícone universal, Bob Marley.
Nesse contexto, Jamaica, Jamaica! busca reconhecer parte da história por meio do olhar para os conflitos e encontros pós-coloniais que levaram a um movimento musical único e universal. Para ilustrar a diversidade e patrimônio, a mostra reúne fotografias, capas de álbuns, instrumentos musicais, folhetos, materiais gráficos das festas de rua, documentos, áudios e imagens de coleções particulares e instituições.
Além dos acervos reunidos por Carayol, oriundos de acervos e coleções da Jamaica, Grã-Bretanha e França, a exposição no Sesc São Paulo conta com conteúdo especialmente pesquisado para esta montagem, reunido a partir da pesquisa de um grupo curatorial convidado, que apresenta desdobramentos e impactos da cultura da Jamaica no território brasileiro.
Objetos, documentos e imagens vindos do Maranhão, Bahia e São Paulo fazem parte do histórico brasileiro: São Luís, conhecida como a “A Jamaica Brasileira”; a região do Recôncavo baiano, onde se mantiveram as raízes jamaicanas tradicionais do rastafári, e em Salvador, onde houve grande influência do reggae na música local -particularmente no samba reggae e nos blocos afro; e São Paulo, com os bailes de Dancehall e Reggae da periferia ao centro da cidade, fortalecendo a cultura soundsystem local.
A exposição contará com uma vasta programação integrada, com cursos, palestras, encontros e oficinas e conta também com projeto educativo proporcionando visitas orientadas e ateliês no espaço da exposição.
A EXPOSIÇÃO
A música da Jamaica pode ir além do que popularmente se conhece – como o reggae, o dub, o dancehall. A identidade musical desse país está intimamente ligada a fatos sociais e políticos e esse é um recorte possível de se vislumbrar na exposição Jamaica, Jamaica!
O que pode ser visto são as ramificações da música jamaicana, tão amplas quanto as do jazz ou do blues, e influências que remetem aos dias de escravização, como as formas tradicionais de canções e danças do período de colonização entre os séculos XVIII e XIX.
Já em 1950, as invenções sonoras, advindas dos guetos de Kingston, serviram de modo influente para uma série de questões desse universo, como as bases para parte dos gêneros musicais urbanos modernos e origem a termos da atualidade – como “DJ”, “sistema de som” ou “soundsystem”, “remix” e “dub”, por exemplo.
A exposição Jamaica, Jamaica! procura reconhecer essa história pelo prisma dos encontros e conflitos pós-coloniais que permitiram o protagonismo de Bob Marley, Peter Tosh, Lee Perry, King Tubby, Studio One, Alpha Boys School, Marcus Garvey etc., por meio de estilos musicais como burru, revival, mento, ski, rocksteady, reggae, dub e dancehall.
S E R V I Ç O
EXPOSIÇÃO “JAMAICA, JAMAICA!”
Curadoria: Sébastien Carayol
Núcleo de conteúdos brasileiros: Caio Csermak, Camila Miranda, Dj Magrão, Lys Ventura, Rodrigo Brandão e Stranjah
Abertura: 14 de março, às 20h
Visitação: De 15 de março a 26 de agosto de 2018
Horários: Terça a sábado, das 9h às 21h Domingos e Feriados, das 9h às 18h
Local: Espaço Expositivo (5º andar)
Classificação: 12 anos
Entrada franca
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