A empresária Isabel dos Santos, que ontem foi empossada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Edeltrudes Costa, como presidente do Conselho de Administração da Sonangol, anunciou a sua renúncia aos cargos de administração da NOS, SGPS, SA, do Banco BIC Português, SA, e da Efacec Power Solutions, SA.
Num comunicado, Isabel dos Santos indica que a renúncia imediata dos cargos de administradora das sociedades que conduzem os seus principais investimentos em Portugal resulta apenas da nomeação como presidente do Conselho de Administração da Sonangol e visa, por um lado, evitar problemas de conflito de interesses e, por outro, reforçar as garantias de transparência no desempenho das novas funções.
A cessação produz os seus efeitos no final do mês de Julho ou, se antes, na data em que sejam designados ou eleitos os seus substitutos, nos termos do artigo 404º do Código das Sociedades Comerciais.
A Administração da Sonangol tomou posse ontem, numa cerimónia orientada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Edeltrudes Costa, que defendeu acautelar um modelo de gestão mais eficaz e eficiente, eliminando custos desnecessários e promovendo o aumento da produção e também da arrecadação fiscal.
Edeltrudes Costa referiu que a conjuntura que o país vive, marcada por uma forte queda do preço do barril de petróleo, fez com que grande parte, senão todas as companhias petrolíferas, delineassem estratégias para fazer com que se tornassem mais competitivas no mercado internacional.
“Há objectivos claros e que estão bem definidos e que têm que ver com o aumento da eficiência no sector dos petróleos, permitindo que haja uma melhor utilização dos recursos em exploração e também um melhoramento da previsibilidade dos fluxos financeiros”, salientou.
Ao dirigir-se aos empossados, Edeltrudes Costa falou das valências dos novos administradores da Sonangol e disse que tal vai permitir assegurar a reestruturação e desenvolvimento da companhia em prol do novo modelo de reajustamento da harmonização do sector dos petróleos. Este modelo, lembrou, foi recentemente aprovado pelo Presidente da República e tem, entre outros, vários objectivos que vão melhorar a organização da companhia e fazer com que ela se torne mais competitiva.
Uma Sonangol robusta
A presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Isabel dos Santos, anunciou um diagnóstico profundo da companhia. “Já tínhamos iniciado um trabalho preliminar de diagnóstico para perceber melhor os ganhos de eficácia que a empresa pode ter rapidamente”, sublinhou.
Isabel dos Santos referiu que o grande objectivo é aumentar a rentabilidade, a eficácia e a transparência, com a implementação de regras de governação similares a ‘standards’ internacionais, sem deixar de parte o compromisso com a comunidade, pois “a Sonangol joga um papel importante como pilar da economia de Angola”.
Quanto à situação financeira, Isabel dos Santos lembrou que a baixa do preço do barril de petróleo teve um resultado em todas as empresas da indústria petrolífera. “Isto é um facto global. Todas as empresas petrolíferas no mundo baixaram a receita consideravelmente”, notou, anunciando como próxima tarefa o aumento das margens de lucro e baixar os custos de produção. “Temos de fazer com que os custos de produção de um barril de petróleo hoje em Angola sejam mais competitivos, mais baratos e com mais margem de lucro”, disse Isabel dos Santos.
http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/isabel_dos_santos_renuncia_a_gestao_de_varias_empresas
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