O Juiz Militar angolano e escritor Caxixi veio ao Brasil para trocar experiências com juristas militares brasileiros e despertar novos rumos para os dois países
O Tribunal de Justiça Militar foi o palco de um grande evento que fazia parte do sonho do escritor Caxixi de visitar o Brasil, para aperfeiçoar suas pesquisas e planos para melhorias na Justiça Militar de Angola, a qual só atua na parte criminal e fica um grande contencioso nas demais partes que envolvem a Justiça Militar.
Aqui no Brasil o Dr. Caxixi contatou várias autoridades da área de Justiça , em diversas escalas, estruturando um network forte e compacto das abrangências das leis que devem sustentar uma Justiça Militar ideal para um país desenvolvido como Angola.
O evento realizado no Tribunal de Justiça Militar contou com a abertura do seu presidente, Juiz Orlando Eduardo Geraldi, que deu as boas vindas e alegria do intercâmbio, com o pais que ele visitou e traz boas lembranças.
O Secretário de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, Fábio Prieto, deu as boas vindas a toda comunidade angolana e anunciou que está fazendo pela primeira vez uma coordenadoria das comunidades negras do Estado de São Paulo, o governador deverá baixar um decreto em breve, e convidou a consul Stela Santiago para colaborar. Além disso, falou que o governo tem uma atenção especial a comunidade africana e está em entendimentos com a ONU, para as questões de migração.
O Diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Fernandes Capilongo, falou da importância do Dr. Luiz Gama para o direito brasileiro e que na Faculdade existem salas com os nomes dos advogados representativos para o Brasil e disse que o quadro do Luiz Gama na sala com seu nome deverá ser ampliado para ficar na proporção dos quadros de outras salas. Além disso, ele disse que no ano em que se formou na mesma universidade havia um negro em uma turma de 400 alunos e no ano passado subiu para cerca de 40 alunos formandos afrodescendentes.
A Consul de Angola em São Paulo, Sra. Stella Santiago, ressaltou a importância e orgulho que o jovem Juiz Matias Caxixi é para ela e para seu país e a África. Ela incentivou o Dr. Matias Caxixi a continuar no seu trabalho brilhante.
O Cel Miguel Daffara, frisou a importância da diversidade racial onde os negros são de extrema importância para o pais. Um dos aspectos levantado no evento é que pouco se estuda aqui no Brasil sobre a Justiça Militar.
Nos comentários, o Juiz Militar e professor Matias Caxixi falou sobre as suas obras e elas tem como base a sua observação na Justiça Militar de Angola a qual ele quer contribuir no seu processo de ampliar sua atuação para dar suporte aos militares do país e serem livros inéditos no país.
O Diretor do Instituto Literáfrica João Canda, organizador do evento, agradeceu a participação de todos, e em especial a o Tribunal de Justiça Militar e ao Consulado de Angola em São Paulo e também ao Mackenzie e a USP que iriam receber o Juiz escritor angolano nos seus campus.
No final foram oferecidos prêmios, um para Tribunal de Justiça Militar recebido pelo Dr. Silvio Hiroshi Oyama ,diretor da escola Jurídica Militar e a Policia Militar recebido pelo Cel Miguel Daffara, que foi uma arte que representa a mulher zungueira, para nós seriam, ambulantes, pois a mãe do Dr. Caxixi era zungueira e criou um filho que hoje é juiz. Foi um belo exemplo de superação, o que deverá ocorrer no processo lá em Angola na reestruturação da Justiça Militar em processo.
Parabéns a todos participantes!
Em breve publicaremos entrevistas feitas com o Juiz Matias Caxixi, Consul Stela Santiago e o Diretor da Literáfrica João Canda!
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