São Benedito é homenageado em várias datas pelo Brasil
Estamos lhe enviando o calendário de afro-eventos de MAIO de 2019 e solicitamos que além de comparecer e prestigiar com a vossa presença, distribua este calendário em vossa rede.
Mo jubá! Axé!
Paz e bem Afro
Guilherme Botelho Junior
Teólogo e historiador. OBA do Orixá SANGO – siga-me no facebook
(16) 9.8244-3171 & (11) 9.8049-7256
S A N T O R A L
DIA 02 – Santo Anastácio
DIA 06 – São Lúcio de Cirene
DIA 08 – São Vitor
DIA 09 – São Pacômio e sua irmã Santa Maria
DIA 12 – Anastácia
DIA 22 – Santa Julia da Córsega
DIA 22 – São Nicolau
DIA 23 – São Paulo – eremita
DIA 24 – Santa Sarah de Kali
M E M Ó R I A DO M Ê S
Dia 08 – Morte do cantor Jair Rodrigues (2014)
DIA 11 – Criação do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo (1984)
DIA 13 – DIA DOS PRETOS VELHOS
DIA 13 – Dia de Denúncia contra o Racismo
DIA 14 – Martírio dos MALÊS que participaram da Revolta dos Malês (1835)
DIA 18 – Criação do CONSELHO NACIONAL DE MULHERES NEGRAS (1950)
E V I O – R E C A D O
Consulta obrigatória: Blog do magistral escritor e jornalista OSWALDO FAUSTINO –ReflexSoul.
Rádio da nossa africanidade brasileira, produzida por JADER Nicolau Jr. apoio Muene Cosméticos –www.portalafro.com.br
A UTOPIA DA PAPISA JOANA
Foi em um lugar considerado infame, chamado Gólgota (“lugar das caveiras”) ou Calvário, nos arredores de Jerusalém − no qual os condenados à morte pelos romanos eram deixados nus para agonizar, pregados no que se chamava de “estaca de tortura”, hoje chamada cruz −, que surgiu um dos primeiros movimentos de resistência feminina da História.
Foi naquele terrível lugar de tortura que o judeu Jesus foi conduzido à morte, após ter sido condenado pelo governador da província da Judeia, Pôncio Pilatos. Os romanos, em conivência com algumas das altas autoridades religiosas judaicas, acusavam Jesus de ser um subversor da ordem. Seu crime era estar sempre rodeado por pessoas que o poder desprezava, como leprosos, endemoniados, prostitutas e pescadores incultos.
E foi aos pés da estaca de tortura em que Jesus agonizou, no meio de uma terrível crise de solidão que o fez exclamar “meu Deus, por que me abandonaste?”, que nasceu o primeiro movimento de resistência das mulheres −, que caracterizaria o início do primeiro cristianismo, nascido do judaísmo. Nele, as mulheres foram as protagonistas, até que o apóstolo Paulo, chamado de “o postiço” porque não havia conhecido Jesus e foi um convertido posterior, decidiu retirá-las da esfera do poder, que seria só masculino. As mulheres estariam “subordinadas ao homem” em tudo, dentro e fora da Igreja.
No entanto, a semente da resistência feminina continuou viva. Dois mil anos depois, ela volta a erguer a cabeça fora e dentro da Igreja. Tudo começou durante o drama da paixão, quando os apóstolos, desiludidos ao ver seu líder, de quem esperavam um reino melhor, ser crucificado como um malfeitor qualquer, esconderam-se com medo de que também fossem perseguidos.
E foi naquele momento que, diante dos apóstolos, todos homens, amedrontados, um punhado de mulheres lideradas por Maria Madalena, entre as quais estava também a mãe de Jesus, decidiu desafiar o poder e ficou ao lado do crucificado durante toda a agonia. Além disso, passado o sábado, que era de descanso total para os judeus, no domingo, “antes de amanhecer”, Maria Madalena saiu, sem medo, rumo ao Gólgota para ver onde tinham enterrado Jesus.
Os quatro evangelhos diferem às vezes sobre o grupo de mulheres valentes que desafiaram tudo para estar ao lado do crucificado. Mas todos eles sempre mencionam Maria Madalena como a líder do grupo. E foi para ela que Jesus apareceu primeiro, antes de aparecer para os apóstolos. É algo que sempre atormentou um dos mais famosos pais da Igreja, São Tomás de Aquino, que se perguntava, desconsolado, por que Jesus, que tinha criado uma comunidade de apóstolos, todos homens, teve de aparecer para uma mulher. Sobretudo quando, na cultura judaica daquela época, a mulher não podia nem estudar as Escrituras nem ser testemunha confiável em um julgamento. E se a mulher era descoberta em adultério, era condenada à morte por lapidação. O homem, não.
Assim, quando Maria Madalena, que na teologia moderna aparece cada vez com maior credibilidade como esposa de Jesus, mandou dar a Pedro, que estava escondido, a notícia de que Jesus havia ressuscitado, o discípulo não acreditou. Só quando Jesus começou a aparecer também para os outros apóstolos é que eles perderam o medo, e todos acabaram dando a vida pelo Mestre.
No entanto, já era tarde. As mulheres continuaram com seu movimento de resistência, conscientes de que tinham sido elas e não os apóstolos, nem mesmo Pedro, as primeiras a saber que Cristo tinha ressuscitado e estava vivo. Mas foi ainda no início do cristianismo que as mulheres acabaram relegadas a um segundo plano e teve início uma operação de desconstrução do poder feminino que dura até hoje. Foi nessa operação de relegar a mulher a um segundo plano, de mera ajuda aos homens, que a Igreja confundiu Maria Madalena com uma das prostitutas do Evangelho, e manteve esse erro até pouco tempo atrás.
Certamente, se a operação de desconstrução do poder feminino na Igreja tivesse fracassado, hoje o cristianismo seria diferente, livre do machismo que o invade. Até quando se perpetuará essa injustiça? Talvez não fosse necessário nenhum milagre como no Gólgota com Madalena. Bastaria que um grupo de cardeais decidisse escandalizar a ortodoxia e elegesse uma Papisa (recorde-se da Papisa Joana), com todos os poderes. Seria a vingança de Madalena, que repetiria a loucura do Gólgota sendo a primeira testemunha de que Jesus continuava vivo. Hoje, parece que ele morreu de novo. O que realmente morreu é a presença que, pela história e pela fé, a mulher deveria ter tido no cristianismo.
Lembro-me de uma das viagens do papa João Paulo II aos Estados Unidos. Uma religiosa o encarou, recordando-lhe a injusta discriminação que a mulher, protagonista no primeiro cristianismo, sofre hoje na Igreja. O papa polonês lhe recordou que, na Igreja, o lugar da mulher é “de joelhos diante da cruz”. Ele se esqueceu de que, de joelhos ou de pé, foi justamente aos pés de Jesus crucificado que nasceu o primeiro movimento de resistência da mulher na Igreja.
Feliz Páscoa da ressurreição a todos, crentes ou não. Todos nós precisamos de novas ressurreições pessoais e comunitárias. E do amor real ou simbólico de Madalena.
Como escreveu a poeta brasileira Roseana Murray na apresentação do meu livro Madalena, o Último Tabu do Cristianismo (editora Objetiva, Rio de Janeiro):
“O amor é o jogo maior,
o jogo mágico que se joga,
com pedras sagradas”.
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C A L E N D Á R I O – Não deixe vago o seu lugar.
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DIA 01
29a. ROMARIA DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS:
EM NOSSA ORGANIZAÇÃO, A SEMENTE DA TRANSFORMAÇÃO
A 29ª Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras será realizada em Carandaí, na Região Sul, no dia 1° de maio. Organizada pela Dimensão Sociopolítica da arquidiocese, a edição deste ano terá como tema “Em nossa organização, a semente da transformação”.
No dia 1° de maio, a concentração para a Romaria será a partir das 8h no Parque de Exposição Prefeito Benjamim Pereira Baeta. Em seguida, os romeiros saírão em caminhada pelas ruas da cidade. A caminhada será intercalada por quatro momentos de reflexão e oração. Na chegada, na praça da igreja matriz de Sant’Ana, será realizado o plantio de uma árvore. Após este momento será celebrada a missa em ação de graças pelo dia do trabalhador e da trabalhadora.
Para inscrever a sua caravana, os responsáveis devem entrar em contato com a secretaria paroquial pelo telefone (32) 3361-2025.
Ilustração do cartaz
Todos os anos um cartaz de divulgação é pensando para divulgar o evento. Neste ano, a ilustração foi feita elaborada pelo Coletivo Repentistas do Desenho, de Viçosa (MG). Segundo o coletivo, a ilustração representa a quebra da dicotomia campo-cidade e vem trazer a necessidade de diálogo entre os trabalhadores para a problematização de que os conflitos gerados no campo impactam diretamente na vida das pessoas no meio urbano e que esse impacto está para muito além da alimentação. “Seguindo essa ideia, esse diálogo propicia na imagem uma visão do campo não somente como um território de produção de alimentos, mas onde se produzem meios de vida, onde a vida se reproduz. Trabalhadoras, trabalhadores e outros atores sociais representados unidos pela bandeira das lutas, adentram a cidade cinza, trazendo à selva de pedras, uma outra perspectiva de mundo, outra racionalidade, na qual o pescador e o rio convivem harmoniosamente, cada qual seguindo seu curso”, explica o coletivo.
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DIAS 04 & 05
GRANDIOSA FESTA EM LOUVOR E GLÓRIA DO PADROEIRO DO POVO NEGRO SÃO BENEDITO
Realização: Pastoral Afro Achiropita
local: Paróquia de Nossa Senhora Achiropita
Rua 13 de Maio n° 478 – Bela Vista – São Paulo/SP
OBS. – TODO EVENTO É GRATUITO!
Tema: São Benedito e a Misericórdia Divina
Lema: Respeito as Diversidades na Unidade
Tríduo: dias 01, 02 & 03 às 19H30
DIA 04: 18H – translado do andor com São Benedito para a quadra do G.R.C.E.S. VAI-VAI
18H30 – Terço
DIA 05: na Paróquia
Das 07 às 08H – café de São Benedito, para
Religiosos, Pastorais, Irmandades, Congados & Convidad@s em geral
na quadra da VAI-VAI
07H – anúncio dos Tambores
07H30 – Café de São Benedito para tod@s
08H30 – início da procissão que conduzirá os andores com as imagens de São Benedito e de Nossa Senhora Aparecida, acompanhada das Escolas de samba convidadas, compostas pelas Alas das Baianas, Velha Guarda, Harmonia, Mestre Sala e Porta Bandeira e Ala show, e o povo de fé em geral, seguindo o roteiro: Rua Manuel Dutra; Rui Barbosa; Fortaleza. Concentração na Praça Dom Luiz Orione, nas confluências do Escadão do Bixiga e o sobradão do Navio Negreiro, onde fieis e religiosos estarão concentrados.
09H – Louvor das Congadas no Escadão
09H30 – Sequência da procissão pela Rua 13 de maio em direção à PARÓQUIA de NOSSA SENHORA ACHIROPITA, com breves paradas na Padaria Basilicata, Cantinas Roperto e Concheta.
10H – início da Missa no Rito Romano Inculturada em Estilo Afro-brasileira – MISSA AFRO
12H30 – Almoço de São Benedito no salão paroquial, com apresentação das congadas e das alas shows das Escolas de Samba.
Realização: Pastoral Afro Achiropita
local: Paróquia de Nossa Senhora Achiropita
Rua 13 de Maio n° 478 – Bela Vista – São Paulo/SP
OBS. – TODO EVENTO É GRATUITO!
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DIA 05 às 14H
Convocamos a tod@s: Cresp@s, Cachead@s e Trançad@s & Carecas
ao nosso segundo encontro!!!
¤ Oficinas ¤ Roda de conversa ¤ Apresentações ¤ Gincana ¤ Musica¤ Performances ¤ Afrontinho & sorteio de prêmios de produtos para fortalecer o nosso cabelo!!!
É o nosso momento de empoderamento e liberdade – Ribeirão Preto-SP
Local: Parque Maurilio Biagi
Rua Elpidio Gomes
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DIA 05 às 09H
4ª. CARREATA EM HOMENAGEM A SÃO JORGE
NOSSO PAI OGUN
organização: BABA LUCIANO DE OSUMARÉ
local: Concentração na Praça da Matriz – Peruibe-SP
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DIA 05 às 10H
CELEBRAÇÃO DA PALAVRA NO RITO ROMANO INCULTURADO EM ESTILO AFRO-BRASILEIRO
Realização: Comissão de Festa da Penha
Local: Capela de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito dos Homens Pretos da Freguesia de Penha de França
Largo da Penha s/n° – São Paulo/SP
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DIA 09 às 19H
lançamento de LIVRO: DIÁLOGOS CONTEMPORÂNEOS SOBRE HOMENS NEGROS & MASCULINIDADE
A Ciclo Contínuo Editorial convida para o lançamento do livro “Diálogos contemporâneos sobre homens negros e masculinidades”, organizado por Henrique Restier & Rolf Malungo de Souza.
Na ocasião será montada uma mesa composta pelos organizadores, Henrique Restier e Rolf Malungo de Souza. Também contaremos com a presença dos autores: Airan Albino, Caio César (RJ), Tulio Augusto Custódio (SP), Tago Elewa Dahoma (SP) e Douglas Araújo (SP).
Prefácio: Deivison Mendes Faustino; Contracapa: Renato Noguera; Orelha do livro: Márcio André
Autores: Henrique Restier | Airan Albino | Caio Cesar | Tulio Augusto Custódio | Osmundo Pinho | Bruno Silva de Santana | Lucas Veiga | Tago Elewa Dahoma e Douglas Araújo.
A proposta deste livro se insere na dinâmica entre relações raciais e gênero. O levantamento bibliográfico indica um amplo campo investigativo ainda a ser explorado sobre as masculinidades negras, suas construções e particularidades, sobretudo, no Brasil. Usualmente, as abordagens que relacionam as categorias de raça e gênero recaem sobre o feminino negro. Nada mais legítimo, uma vez que as interrogações sobre gênero, papéis sexuais e as desigualdades que daí advêm, tiveram seu marco teórico no Ocidente com o feminismo, que fomentou a desnaturalização dos gêneros e, portanto, sua historicidade e questionamento. Consequentemente, o objeto principal de suas maiores preocupações incide sobre a mulher branca, enquanto o feminismo negro e o mulherismo africana, na mulher negra, logo, os homens negros e brancos tendem a aparecer em segundo plano nesses arcabouços teóricos. Não obstante, os homens brancos de classe média geralmente são vistos como não possuíssem gênero, como se fossem a referência universal de ser humano, o que não acontece com os homens negros, gays, pobres etc. Esta é uma das razões sobre a necessidade de pesquisas que contemplem masculinidades, destacando marcadores sociais de diferença e seus aspectos relacionais.
local: Centro Cultural Olido (1º pavimento)
Av. São João- Largo do Paissandú – Centro, São Paulo – SP.
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DIA 11 às 09H
FÉ E NEGRITUDE – Pastoral Afro-brasileira do Regional Sul 1 – CNBB
tema do ano: EU SOU NEGRO SIM, COMO DEUS CRIOU
Uma abordagem histórica da População Negra
Ciente disso, e afim de colaborar com a formação de nossas lideranças, que vêm realizando com muito afinco suas atividades nos mais diversos contextos sociais,, propomos a criação de um espaço de diálogo, entre agente de pastoral, pesquisadores, lideranças do movimento negro de modo geral.
Trata-se do programa FÉ E NEGRITUDE, cujo objetivo principal é qualificar nosso conhecimento nas áreas da Cultura, História, Política, Religião, Ciências Sociais, Direito, Saúde etc., para que as nossa atividades cotidianas em prol da comunidade negra, possam gerar cada vez mais frutos, sobretudo neste momento, em que as ameaças contra a população negra, ganham novos contornos.
Organizado em encontros com três horas de duração, em cada um, abordaremos uma interface da população negra. Não se trata de um curso especifico, pois, os temas serão inter-relacionados em rodas de conversa.
coordenação: Pe. Luiz Fernando – Assistente Eclesiástico do Regional da Pastoral Afro-brasileira – pab.regionalsul1@gmail.com;
local: CENTRO PASTORAL BELÉM
Av. Álvaro Ramos, 366 – Estação Belém do METRÔ – São Paulo-SP
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DIA 11 às 08H30
RODA DE CONVERSA
O DIREITO NO ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA DE ESTADO:
Construindo rede de proteção e resistência nos territórios
FACULDADE DE DIREITO DA USP
inscrição: www.even3.com.br;
Even3 | Plataforma de Gestão de Eventos Científicos
Plataforma completa para organização de eventos acadêmicos e científicos. Inscrições, Trabalhos, Anais, Atividades, Certificados, Credenciamento e muito mais. |
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DIA 11 às 20H
ENLACE MATRIMÔNIAL:
CASAMENTO no RITO ROMANO EM ESTILO AFRO-BRASILEIRO
– CASAMENTO AFRO
Realização: Pastoral Afro Achiropita
Local: PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA ACHIROPITA
Rua 13 de maio, 478 – São Paulo-SP
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DIA 11
FESTA DA CULTURA NEGRA
GRANDIOSA FESTA DO QUILOMBO SÃO JOSÉ DA SERRA
Programação:
10H – Missa no Rito Romano Inculturado em Estilo Afro-brasileiro, preparada pela Pastoral Afro de Valença e CEBs da Arquidiocese do Rio de Janeiro
11H – Roda de Capoeira & Samba de Roda; 12H30 – ALMOÇO; 13H – Roda de Capoeira; 14H – Desfile Afro; 15H Maracatu; 16H – Cia de Arte Pública do Rio; 17H30 – Guerreiras de Clara de Juiz de Fora-MG; 18H – Folias de Reis; 19H – Jongo de Pinheiral; 19H – Grupos de Jongo e Mestre Jongueiros; 20H – Candombé Comunidade do Açude Serra do Cipó- MG; 21H – Bênção da Fogueira com Mãe Tetê e Jongo do Quilombo de São José da Serra; 22H Rodão de Jongo; 23H – Trio Floriano, forro Pé de Serra; 24H – Forró intercalado com grupos de Pagode.
Contato: (24) 9.8105 – 5777
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do DIA 10 até o DIA 12
XVI ROMARIA DA TERRA E DAS ÁGUAS
tema: COMO JUSTINO, GRITAMOS POR JUSTIÇA QUE LIBERTA
A XVI edição fará memória dos mártires da caminhada, especialmente dos 33 anos do assassinato de Padre Josimo Tavares.
A Romaria acontecerá nos dias 10, 11 e 12 de maio, com início em Buriti do Tocantins.
Programação: missa às 19h do dia 10, na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
No dia 11 à tarde, oficinas sobre mulheres, juventude e agroecologia, políticas públicas e muito mais! Na noite do dia 11, caminhada de Buriti até São Sebastião. E na manhã do dia 12 a Romaria encerra com missa solene!
Prepare sua caravana, convide sua família, seus amigos e amigas e leve muita animação e fé.
Pe. Josimo Morais Tavares, nasceu em Marabá em 1953, foi coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e foi martirizado em Imperatriz, 10 de maio de 1986 a mando de fazendeiros da microrregião do Bico do Papagaio (atual estado de Tocantins) por sua defesa aos trabalhadores rurais.
“O discípulo não é maior do que o Mestre. Se perseguirem a mim, hão de perseguir vocês também.” Tenho que assumir. Agora estou empenhado na luta pela causa dos pobres lavradores indefesos, povo oprimido nas garras dos latifúndios. Se eu me calar, quem os defenderá? Quem lutará a seu favor? Eu pelo menos nada tenho a perder. Não tenho mulher, filhos e nem riqueza sequer, ninguém chorará por mim. Só tenho pena de uma pessoa: de minha mãe, que só tem a mim e mais ninguém por ela. Pobre. Viúva. Mas vocês ficam aí e cuidarão dela. Nem o medo me detém. É hora de assumir. Morro por uma justa causa. Agora quero que vocês entendam o seguinte: tudo isso que está acontecendo é uma conseqüência lógica resultante do meu trabalho na luta e defesa pelos pobres, em prol do Evangelho que me levou a assumir até as últimas conseqüências.
A minha vida nada vale em vista da morte de tantos pais lavradores assassinados, violentados e despejados de suas terras. Deixando mulheres e filhos abandonados, sem carinho, sem pão e sem lar. É hora de se levantar e fazer a diferença! Morro por uma causa justa .”
Testamento Espiritual pronunciado durante a Assembleia Diocesana de Tocantinópolis (MA), no dia 27 de abril de 1986, poucos dias antes de seu assassinato, no Dia das Mães.
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DIA 14 às 19H30
RODA DE CONVERSA: 131 ANOS DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVIZAÇÃO NO BRASIL – CONSEQUÊNCIAS E A SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO NEGRA NA SOCIEDADE ATUAL
Palestristas: Dra. ANA ALMEIDA; Prof. JOSÉ OSMAR & IRMÃO DIÁCONO Dr. FRANCISCO FERREIRA
PROGRAMAÇÃO:
19H30 – abertura: Diácono FLÁVIO LIVOTTO
19H40 – apresentação musical: Canto das Três Raças: SUELI SANTOS
19H45 – Roda de conversa
20H30 – intervalo musical: Nego Nago: SUELI SANTOS
20H45 – pergunta aos palestrantes
21H25 – ENCERRAMENTO: Lanche para @s participantes
Realização: PASTORAL AFRO-BRASILEIRA DA ARQUIDICESE DE RIBEIRÃO PRETO
Local: CENTRO PASTORAL ARQUIDIOCESANO
SALÃO DOM ALBERTO
Rua Tibiriça esquina com Prudente de Moraes – Ribeirão Preto-SP
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DIAS 13 E 14 às 10H
III ENCONTRO NACIONAL DAS MULHERES NAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Conferência de abertura: SUELI CARNEIRO & MARIA APARECIDA BATISTA
contato: doyti.com.br
local: MACEIÓ-AL
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DIAS 13 & 14 às 09H
III Encontro Nacional das Mulheres nas Ciências Criminais
Palestrantes: Carla Akotirene; Danielli Assunção; Denice Santiago; Diná Alves; Gabriela Ferreira; Juliana Borges; Ligia Ferreira; Luci Monica; Luciana Boiteux; Maria Aparecida Batista; Maria Sylvia de Oliveira; Regina Trindade; Soraia da Rosa; Sueli Carneiro; Valdilene Oliveira Martins; Winnie Bueno.
A terceira edição do Encontro Nacional das Mulheres nas Ciências Criminais traz como tema “Feminismos e Interseccionalidades” e homenageia a filósofa Sueli Carneiro, grande referência do feminismo negro brasileiro, autora da obra “Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil” e uma das fundadoras do Geledés – Instituto da Mulher Negra.
Sediado em Maceió, Alagoas, terra de ancestralidade negra, o Encontro tem por objetivo reunir estudiosas dos feminismos e das ciências criminais em torno de temas relevantes para a compreensão dos múltiplos lugares que as mulheres ocupam no complexo mundo contemporâneo, fortemente marcado pelas opressões de gênero, raça e classe, o que exige um olhar intersecional para a produção científica acerca das violências e do sistema de justiça criminal.
A programação envolve conferências, mesas-redondas, grupos de trabalho e reuniões, além de atividades culturais e lançamentos de livros.
Os GTs são:
GT1: Epistemologia Feminista nas Ciências Criminais
Este grupo de trabalho tem por objetivo reunir, no campo das ciências criminais, estudos que abordem novas formas de construção de saberes sobre a condição das mulheres nas sociedades patriarcais, marcadas pelas desigualdades de gênero, raça e classe, elementos centrais para uma perspectiva interseccional.
GT2: Mulheres, sexualidade e violências
Este grupo de trabalho tem por objetivo reunir estudos sobre as muitas formas de violência contra as mulheres, considerando a pluralidade de identidades de gênero e as diversas formas, reais ou simbólicas, que as violências são dirigidas às mulheres numa perspectiva interseccional.
GT3: Mulheres e sistema de justiça criminal
Este grupo de trabalho tem por objetivo reunir estudos que abordem a relação das mulheres com o sistema de justiça criminal, seja na condição de vítimas ou autores de crimes, o que envolve a complexa condição do sistema prisional, numa perspectiva interseccional.
local: OAB ALAGOAS – Maceió
AL 101, 7100 – Jacarecica – Maceio-AL
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DIAS 18 & 19
Festa do Divino Espírito Santo de São Luiz do Paraitinga
A tradicional festa do Divino Espirito Santo em Paraitinga, surgiu no começo do século XIX e é considerado o evento mais importante do município. O evento congrega todos os anos diversos grupos de animação afro-litúrgicas, como Congada, Moçambique, Catira, Dança de Roda, Dança de Fita. Essa variedade de sons, figurinos e sabores, com suas tradicionais bandeiras e estandartes, tambores e embaixadas enfeitadas atrai anualmente devotos de todo o Brasil e do exterior.
local: São Luiz de Paraitinga – São Paulo-SP
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PASTORAL AFRO DA REGIÃO EPISCOPAL BRASILANDIA
PASTORAL AFRO DOM JOSÉ MARIA PIRES – DOM ZUMBI
DIA 18 a partir das 13H: FEIRINHA AFRO-BRASILEIRA
DIA 25 ÀS 14H: Runião da Pastoral Afro-brasileira
local: Paróquia de Santo Antonio
Rua Parapuã, 1903 – Vila Brasilândia
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