A data, comemorada no dia 3 de julho, é marcada por reflexões e ações em prol da igualdade e da justiça social
Comemora-se, no dia 3 de julho, o “ Dia Nacional do Combate à Discriminação Racial”, uma data marcada por reflexoes e ações em prol da igualdade e da justiça social. Reconhecem-se os desafios enfrentados por indivíduos e comunidades devido à descrimiação racial, e também inspira a promoção de um ambiente em que todos possam conviver livremente, independentemente de sua cor de pele. Mesmo hoje, o preconceito é parte de uma realidade permanente, muitas vezes, velada e subestimada, afetando negativamente profissionais e a dinâmica organizacional de uma empresa.
No mercado de trabalho, pesquisas demonstram que pessoas negras enfrentam taxas significativamente mais altas de informalidade e desemprego em comparação com pessoas brancas. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2018 do IBGE, 47,3% das pessoas ocupadas de cor ou raça negra exercem atividades informais, enquanto a taxa de desocupação entre essa mesma população é alta, atingindo 64,2%. Além das dificuldades econômicas, o racismo estrutural também se manifesta no ambiente corporativo. Estudos como o realizado pela consultoria AGBRA revelam que mulheres negras com altos niveis de formação acadêmica frequentemente enfrentam discriminação durante processos seletivos e até mesmo no ambiente de trabalho, sendo comum serem confundidas com posições de menor prestigio dentro da empresa.
Alex Araújo, gestor e CEO da 4Life Prime – líder em saúde e segurança do trabalho, explica que por mais que o mercado tenha evoluído nos últimos anos, ainda existem pontos e críticas a serem feitas, especialmente aos gestores. “Quando falamos do racismo estrutural, é algo que está enraizado em nossa cultura, sendo necessário, do ponto de vista empresarial, que o mercado corporativo entenda a necessidade histórico-social e busque reivindicar os direitos de seus trabalhadores, por meio de palestras de conscientização, fóruns, equidade salarial, criação de conselhos e outras medidas que equiparem os profissionais negros aos demais, incluindo-os na dinâmica e deixando-os confortáveis. São medidas que olham para o bem-estar e que podem impactar diretamente na produtividade dos colaboradores”, explica.
O especialista ainda reforça que práticas como o assédio moral são frequentemente utilizadas para marginalizar indivíduos negros. “É um tipo de comportamento que cria um ambiente hostil e pode causar danos à dignidade e à integridade emocional dos funcionários”, diz Araújo. Outra forma de discriminação é o “racismo recreativo”, onde piadas e comentários depreciativos são feitos com base na cor da pele. essas atitudes contribuem para um ambiente de trabalho tóxico e desrespeitoso.
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