Luciano
Paiva, de Porto Alegre
para o Brasil
Quando pequeno, Luciano Paiva tirou uma foto com pose e hoje, ele analisa que desde aquela época já estava preparado para ser modelo.
Mas apenas depois de ter
seu sonho de jogador de futebol interrompido com a separação
dos pais, iniciou uma nova carreira.
A princípio, trabalhou apenas em lojas, e após fazer um curso
de modelo e manequim e expressão corporal, descobriu que aquela foto
lhe revelara algo especial.
Luciano teve em 1998 um ano decisivo devido às suas vitórias,
quando foi escolhido o homem mais bonito da Restinga, Garoto Renner Iguatemi,
Mister Beleza Porto Alegre, além de fazer uma ponta no programa Casseta
e Planeta.
Em 1999 acrescentou no seu currículo, Garoto RS Produções, Garoto Imperial, Garoto Passarela.
Em 2000 foi Mister RS.
No Revelion da virada do milênio, ele estava na TV, trasmitindo a sua
mensagem.
Luciano considera que para ter sucesso é muito importante o lado espiritual,
ideal para dar um bom equilíbrio nos embates do dia a dia. Para este
suporte ele nos conta que há dois anos ele vive em Canoas com a família
que o acolheu no Centro de Umbanda Ogun Lanceiro e Iemanjá.
Ele se orgulha quando
crianças, que o vêem na TV, ou na passarela, dizem querer ser
igual a ele um dia, e até ensaiam alguns passos de modelo. Por isto,
começou a desenvolver no centro Ogun Lanceiro e Iemanjá um projeto
de aulas de modelo e manequim, além de alfabetização,
com crianças carentes.
Devido a esta grande responsabilidade, Luciano se preocupa em ser modelo não
só na passarela mas também no seu modo de vida.
Considera que o mercado
para o profissional negro, passa por uma barreira da discriminação
e preconceito racial. Luciano em entrevista dada para o jornal Imperador,
de Porto Alegre, em dezembro de 2000, para Mery Guedes, afirmou: "A discriminação
é de quem contrata o serviço. Deveriam definir um perfil por
critérios estéticos, nunca pela cor".
Como projeto futuro, almeja ser um ator, modelo, manequim, com o detalhe de ter sempre um alto astro como marca registrada, e cita o sucesso de Paulo Zulu como meta.