Temos muito que aprender sobre a África
A África em pauta sempre traz novidades, pois nas escolas aprendemos muito pouco, sobre o passado e a questão contemporânea temos de nos esforçar para abstrairmos tanta diversidade e conteúdos nobres produzidos.
Mas devemos parabenizar as entidades que promovem uma visibilidade diferente da mídia de massa. E uma forma de valorizar estas iniciativas é a nossa presença. Vamos visitar então a exposição e captarmos as coisas boas que conseguirmos compreender, dentro do limite de cada um.
Para destacar a produção de jovens artistas contemporâneos do continente africano, o CCBB realiza a mostra “Ex Africa”.
Já apresentada em Belo Horizonte e no Rio, a exposição traz um panorama da produção artística do continente por meio de cerca de 90 obras —entre fotos, instalações, pinturas e vídeos— de 20 artistas, 18 oriundos de países africanos, como Gana, Senegal e Zimbábue, e dois brasileiros.
Dividida em quatro eixos temáticos — Ecos da História, Corpos e Retratos, O Drama Urbano e Explosões Musicais—, a mostra tem curadoria do alemão Alfons Hug, que dirigiu o Instituto Goethe em Lagos, na Nigéria, e será curador da Bienal do Mercosul deste ano.
Um dos destaques da mostra, o ganês Ibrahim Mahama apresenta a instalação “Non-Orientable Nkansa II”. A obra é composta por centenas de caixas de engraxar sapatos, obtidas pelo artista nas ruas de Acra, capital do país, e homenageia o trabalho de homens e mulheres que migraram das regiões rurais para a cidade em busca de emprego.
Também exibirão seus trabalhos o senegalês Omar Victor Diop , conhecido pelos retratos fotográficos posados, o sul-africano Mohau Modisakeng, que discute por meio de uma videoinstalação as marcas deixadas pelo apartheid, e o nigeriano Jelili Atiku, um dos destaques da Bienal de Veneza de 2017, que integra a programação de performances.
Para homenagear as raízes africanas na produção artística brasileira, a exposição incorpora ainda os trabalhos de Arjan Martins e Dalton Paula. Os dois exibem obras produzidas ao longo de uma pesquisa realizada em um bairro brasileiro em Abuja, capital da Nigéria.
Enquanto Martins explora temáticas como a diáspora africana e o tráfico de negros para o Brasil, Paula trabalha com questões relacionadas ao corpo e à individualidade.
CCBB – R. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651. Seg. e qua. a dom.: 9h às 21h. Até 16/7. Livre. Abertura 28/4. GRÁTIS
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