“Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton” segue na lista TOP10 da plataforma
A história da Rainha Charlotte é pouco conhecida e frequentemente negligenciada nos registros históricos. No entanto, sua importância é inegável. Seu legado se estende até os dias atuais, com muitos locais e instituições em todo o mundo levando seu nome em homenagem a sua influência e impacto duradouro.
A série “Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton” mantém-se na lista TOP10 da plataforma de streaming Netflix e traz aos espectadores uma emocionante jornada pela história real da rainha Charlotte, que quebrou barreiras, desafiou convenções e se tornou um símbolo de resiliência e inclusão.
Nascida em 1744, a Princesa Sophie Charlotte foi a primeira rainha negra da Inglaterra. Filha do Príncipe de Mirow, na Alemanha, e de sua esposa, Elisabeth Albertina de Saxe-Hildburghausen, Charlotte descende diretamente de uma linhagem africana da Casa Real Portuguesa, a partir de Margarita de Castro y Sousa. Aos 17 anos, quebrou barreiras ao se casar com George III da Inglaterra, tornando-se a Rainha da Inglaterra e Irlanda.
Ao longo de sua vida, a Rainha Charlotte enfrentou desafios significativos e desempenhou um papel importante na sociedade. Embora tenha sido obrigada a se manter afastada da política, ela mostrou interesse pelos acontecimentos mundiais, incluindo a guerra na América.
Charlotte deixou um impacto significativo na sociedade britânica e um legado que ecoa até os dias de hoje. Sua presença como a primeira rainha negra da Inglaterra trouxe uma mudança profunda e inspiradora. A Rainha Charlotte foi uma defensora da arte e da cultura, sendo uma grande patrona das artes e das ciências. Ajudou a promover o desenvolvimento de instituições culturais, como a Royal Academy of Arts, e apoiou artistas renomados, como Johann Zoffany e Thomas Gainsborough. Seu amor pela música também influenciou a cena musical britânica, com seu patrocínio à música clássica e sua paixão pelo pianoforte.
Mesmo apresentando opiniões disruptivas para sua época, e adorada por gênios, como Mozart, Charlotte não era bem quista por muitos. Durante seu reinado, a aristocracia a criticou repetidas vezes, falando mal de sua aparência e traços, que não se enquadravam ao padrão de beleza europeu.
Ainda assim, Rainha Charlotte seguiu firme e demonstrou uma compaixão notável pelos menos privilegiados. Foi defensora fervorosa dos direitos das mulheres e se envolveu em atividades de caridade para ajudar os mais necessitados. Sua dedicação à filantropia contribuiu para o desenvolvimento de instituições de caridade e hospitais, incluindo o Queen Charlotte’s and Chelsea Hospital, que ainda leva seu nome.
A influência e o legado da Rainha Charlotte não se limitaram apenas à Inglaterra. Seu casamento com o Rei George III uniu a Casa de Hanover com a Casa de Mecklenburg-Strelitz, fortalecendo as relações entre a Grã-Bretanha e a Alemanha. Como mãe de quinze filhos, sendo treze deles sobreviventes até a idade adulta, ela desempenhou um papel vital na criação de uma nova geração de membros da realeza.Sua descendência real espalhou-se por toda a Europa, deixando uma marca duradoura nas dinastias reais e nas relações internacionais. A monarca reinou na Inglaterra por 57 anos e é considerada por alguns a primeira rainha afrodescendente da nação.
A série da Netflix sobre a Rainha Charlotte oferece uma visão envolvente de sua vida e reinado, mergulhando nos detalhes históricos e nos desafios que ela enfrentou. Embora possa haver algumas liberdades artísticas para fins dramáticos, a produção busca recriar com fidelidade o contexto histórico e proporcionar uma experiência imersiva aos espectadores, que terão a chance de se emocionar com a vida dessa mulher inspiradora.
Fonte: Noir Guides.
Deixe um Comentário
Você deve logar para comentar