O primeiro-ministro de Cabo Verde disse hoje que, dentro de três anos, Cabo Verde terá um campus universitário ao nível de países mais desenvolvidos, agradecendo à China pelo apoio a um investimento estimado em 45 milhões de euros.
Ulisses Correia e Silva falava ao final da tarde, durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra do novo campus da universidade pública de Cabo Verde (UNICV), um projeto totalmente financiado pelo Governo da China.
O chefe de Estado cabo-verdiano assinalou o facto de se tratar do maior projeto apoiado pela China em 40 anos de relações de cooperação com Cabo Verde, adiantando que representará um investimento de 45 milhões de euros e deverá estar pronto dentro de três anos.
“Dentro de três anos teremos um campus moderno, funcional e ao nível dos campus universitários de países mais desenvolvidos”, disse.
O primeiro-ministro sublinhou também a importância da cooperação chinesa para Cabo Verde, apontando outros investimentos emblemáticos que deverão arrancar em breve como os projeto Cidade Segura, nas ilhas de Santiago, São Vicente, Sal e Boavista, e de habitação social para eliminação dos bairros de barracas ainda existente em Cabo Verde ou a criação da Zona Económica Especial de São Vicente.
O embaixador da China em Cabo Verde, Du Xiaocong, considerou que este será um ano “muito dinâmico” na cooperação entre os dois países e revelou que a equipa chinesa que irá apoiar a criação da Zona Económica Especial de São Vicente chegará no próximo mês para começar a trabalhar.
O embaixador considerou que a recente visita a Cabo Verde do ministro dos Negócios Estrangeiros da China veio trazer uma “nova dinâmica nas relações entre os dois países” e sublinhou o apoio de Cabo Verde à iniciativa chinesa “Uma faixa, uma rota”, de ligação da China ao ocidente através de uma rede de portos.
Localizado na zona do Palmarejo Grande, na cidade da Praia, o novo campus de foi projetado para acolher 4.890 estudantes e 476 professores em 61 salas de aulas, 5 auditórios, oito salas de informática, oito salas de leitura, 34 laboratórios, salão multiúsos, com capacidade de 654 lugares, refeitórios, biblioteca, dormitórios e espaços desportivos.
Vai ser edificado pela construtora estatal chinesa Longxin Group e as obras inicialmente previstas para arrancar em maio deverão começar em julho.
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