São Paulo é a maior cidade de população negra no ocidente
Tivemos no ocidente recentemente Barak Obana e tempos atrás Celso Pitta, no comando de milhões de pessoas e mega orçamentos. No Brasil a estrutura midiatica constituída de afrodescendentes está se estruturando para poder beneficiar cerca de 54% da população a se identificar como pertencentes ao país e com real valor da sua contribuição na sua construção.
Os meios oficiais de comunicação que sustentam as grandes mídias, entre eles, governo e multinacionais, irão no futuro perceber que um canal mais direto com um mercado poderoso de consumo são midias locais e também pertencentes a protagonistas de sua própria história. Além disso, redes serão constituídas que irão trazer identidade aos que estão sendo incluídos com um sacrifício para cumprir a lei e espamos cada vez menores ao visualizar negros e familias de negros nas propagandas.
Então as circunstâncias atuais estão criando sementes para fortalecer redes futuras de conteúdo de qualidade do reconhecimento da cultura afro e sua tecnologia na construção do país.
Portanto, estamos á caminho de uma mídia desimpedida, pois já existem raizes debaixo da terra fortalecendo a Inclusão social e econômica da população negra no Brasil.
Vejam a matéria feita pela Afropress, reproduzida também pelo Portal Africas, Revista Tribuna da Imprensa, Limite Zero Portal de Notícias.
“Mídia negra inicia diálogo com a Prefeitura de S. Paulo visando inserção na publicidade oficial”
“S. Paulo – Por iniciativa da Secretária adjunta de Direitos Humanos da Prefeitura, professora Elisa Lucas Rodrigues, representantes dos principais veículos da mídia negra de S. Paulo se reuniram nesta sexta-feira (26/04), com a coordenadora de Publicidade da Secretaria de Comunicação da Prefeitura, Luciana Nogueira, para tratar do Plano de Promoção da Igualdade Racial.
Afropress
O Plano assinado pelo prefeito Bruno Covas, em novembro do ano passado, tem a Comunicação entre os seus 10 eixos. Uma das metas é o estímulo a vinculação das mídias negras na lista do rol de contratos da Prefeitura, visando a presença destas na publicidade governamental.
Por mídia negra são conhecidos os blogs, sites, revistas, e portais, que se servem da Internet e das redes sociais, como meio para veiculação de material jornalístico, áudio-visuais, programas de rádio e aplicativos com foco no tema do combate ao racismo e na defesa dos direitos civis e políticos da população negra brasileira.
A reunião teve a participação do jornalista Dojival Vieira editor de Afropress – Agência Afroétnica de Notícias – que este ano completa 14 anos no ar, de Washington Andrade, do Portal Áfricas, de Maurício Pestana, da Revista Raça, de Jader Nicolau Júnior, do Instituto Portal Afro e Cesar Hostil, do Limite Zero Portal de Notícias.
Durante cerca de uma hora, os profissionais apresentaram sugestões de como colocar em prática o Plano assinado pelo prefeito Covas. .
Entre as propostas sugeridas está a realização de uma campanha permanente dividida em pelo menos quatro etapas, destacando o fato de São Paulo ser a cidade com maior população negra do mundo fora da África, com mais de 4 milhões de pretos e pardos na sua população superior a 12 milhões de habitantes.
O Governo do Estado, na gestão Geraldo Alckmin, manteve no ar por meio de alguns desses veículos durante cerca de três anos, a Campanha S. Paulo Contra o Racismo, em parceria com a Federação Paulista de Futebol. O atual governador João Dória interrompeu a veiculação quando assumiu em janeiro, porém, os representantes dessas mídias tem tentado abrir canais de diálogo com o Palácio dos Bandeirantes para a retomada da campanha.
Segundo o jornalista Dojival Vieira, a presença negra na cidade de São Paulo é uma marca que só aparece de forma esporádica, em especial em eventos como o carnaval, mas que precisa estar mais inserida no cotidiano da vida das pessoas e nas políticas de iniciativa do Poder Público, em especial, nas áreas da Educação, Saúde, Cultura e mercado de Trabalho. Uma maior presença negra na área da comunicação, acrescentou, contribuiria para romper a barreira da invisibilidade fortalecendo a luta pela cidadania negra e paulistana.
Segundo o diretor executivo do Portal Áfricas, a reunião foi “extremamente produtiva”. Para Andrade, os profissionais que atuam na área da comunicação focada podem dar uma contribuição importante para que o Plano de Promoção da Igualdade Racial da cidade de S. Paulo saia do papel e a inclusão da população negra se torne uma realidade.
A coordenadora de Publicidade, Luciana Nogueira, agradeceu a presença dos participantes e as propostas apresentadas e se comprometeu a levá-las a Isabel Amorim Shicherle, a chefe de gabinete do secretário de Comunicação, Marco Antonio Sabino de Souza, para que seja mantido o canal de diálogo com a Prefeitura.”
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