Estamos lhe enviando o calendário de afro-eventos de ABRIL de 2019 e solicitamos que além de comparecer e prestigiar com a vossa presença, distribua este calendário em vossa rede.
Mo jubá! Axé!
Paz e bem Afro
Guilherme Botelho Junior – siga-me no facebook
Teólogo, historiador e OBÁ do Senhor SANGÓ
(11) 9.8049-7256 & (16) 9.8244-3171
S A N T O R A L
DIA 04 – São Benedito
DIA 23 – São Jorge
M E M Ó R I A DO M Ê S
DIA 04 – 1968: Martírio de Martin Luther King Jr
DIA 17 – 1996: Martírio de 19 Trabalhadores Sem Terra em Eldorado do Carajás,
Promovida pela PM do Estado do Pará
E N V I O
NEWSLETTER IHU
Todas as vidas humanas têm valor e todos os crimes são abomináveis, seja o de um presidente de um país, o de um policial ou o de um garoto da favela; o de um negro ou o de um branco; o de uma mulher ou o de um homem; o de um gay ou o de um heterossexual.
Mas nem todos os crimes têm a mesma carga simbólica. Nem a intencionalidade dos assassinos é sempre a mesma. O pistoleiro que mata o dono de uma loja durante um assalto não persegue os mesmos objetivos que o fanático islâmico que executa um desenhista de caricaturas. Apesar de as duas vidas terem valor idêntico e os dois assassinatos serem igualmente condenáveis, o segundo encerra uma mensagem muito mais forte: não pretende só matar uma pessoa, seu propósito é destruir um modo de convivência social.
Quando um político é assassinado por sua própria condição de político, o assassino pretende algo mais do que matar uma pessoa. Quer acabar com suas ideias e, sobretudo, com seu direito a expressá-las. Se além disso ainda se trata de um cargo eletivo, as balas não são dirigidas apenas contra essa pessoa, mas contra todos aqueles que a elegeram para que as representasse. Por isso um crime político é algo mais que uma morte violenta, é uma tentativa de desestabilização, um atentado à democracia, como definiu o presidente Michel Temer em sua mensagem depois da brutal ação que acabou com as vidas de Marielle Franco e Anderson Gomes. Não é preciso compartilhar as ideias da vítima, pode-se inclusive divergir radicalmente delas. O fato de um ser humano ser assassinado também não implica que tivesse razão no que defendia. Mas um democrata deve condenar sem reservas o recurso à violência como meio de calar um político, um ativista social ou um cidadão que manifesta suas opiniões. Essa é a reação própria das sociedades civilizadas e é a que teve a imensa maioria do Brasil sob a comoção do que ocorreu no Rio de Janeiro: os três poderes da República, os principais partidos políticos, os meios de comunicação mais representativos, personagens públicos e não tão públicos, pessoas de esquerda, de centro, de direita ou sem ideologia política definida.
Quando alguém morre, nas circunstâncias que forem, as pessoas costumam respeitar a dor de sua família, deixar que seus amigos honrem a memória do falecido, demonstrar um pouco de solidariedade humana. Ninguém com o mínimo senso de convivência social se dedica a ofender quem perdeu a vida, muito menos inventar fofocas para sujar sua memória. É também próprio das sociedades civilizadas e é o que fizeram milhões e milhões de brasileiros nos últimos dias.
Mas no Brasil estão crescendo como um vírus infeccioso grupos que se empenham em romper com essas normas básicas da civilização. Aproveitam-se da confusão que o país vive, da miséria e da violência que abala as cidades, da herança nefasta de um sistema político tradicional corrupto até a medula, cujos representantes desfrutam de escandalosos privilégios. Dizem falar em nome da moral, da segurança pública ou até, em um traço de humor irônico, dos valores cristãos e do liberalismo. Utilizam a corrente imparável das novas tecnologias e, em muitas ocasiões, das possibilidades que oferecem para se esconder covardemente no anonimato. E aí, nesse oceano tormentoso e labiríntico, difundem todo dia suas toneladas de veneno, fazem detonar seus arsenais de ódio, despregam sua maquinaria de mentiras e difamações.
Assim chegamos até aqui. Até que o presidente da república um homem que se gaba de ser o mais macho e valente, o único que tem a coragem precisa para enfrentar os criminosos, não tenha se atrevido a dizer uma palavra depois do assassinato político que a um ano comove o país. Parece, segundo disseram seus assessores, que não quer falar para não ser polêmico. Adiante, senhor Bolsonaro, fale, por favor. O silêncio é a resposta dos covardes. Fale, senhor presidente, explique por que não quer condenar o crime de uma política democrática, o senhor que se lançou à corrida eleitoral em nome da Bíblia. Nada mais vai nos surpreender no senhor depois de termos visto há meses posando muito sorridente com o cartaz “Direitos humanos, esterco da vagabundagem”.
Mas a barbárie dialética no Brasil também tem sua versão pop. Esses garotos tão modernos, tão liberais, tão descontraídos e tão simpáticos que inundam as redes com seus vídeos cheios de piadas e gargalhadas. Esses jovens que dão lições de democracia e dizem ser o movimento que representa o Brasil Livre empregam atualmente todo seu empenho para relativizar as mortes de Marielle e Anderson. Em sua habitual mistura de ousadia e ignorância, até esgrimiram uma teoria destinada a revolucionar a ciência política: segundo eles, todos os assassinatos, absolutamente todos, são políticos. Nada que não se pudesse esperar de gente cuja noção do debate público se reduz a pouco mais do que uma troca de memes. O pior é que, em seu afã de levantar todos os dias uma trincheira, se prestaram a agir como veículo para espalhar uma série de mentiras que, além de manchar a memória da vítima, servem no fundo de justificativa para seu assassinato. Como se depois da morte física de Marielle fosse necessário perpetrar uma segunda morte simbólica. Claro que esses garotos tão corajosos e tão liberais se puseram rapidamente a dizer que não fabricaram essas difamações. Ingênuos que são, simplesmente reproduziram as mentiras alheias para servi-las de bandeja a seus fiéis. É o que há de bom nas redes: um se limita a compartilhar e a partir desse momento os responsáveis são outros.
Depois do que aconteceu nos últimos dias, fica mais claro do que nunca que não se trata de uma batalha entre direita e esquerda, nem de Governo contra oposição. A reação majoritária, acima das diferenças ideológicas, foi própria de uma sociedade democrática como a brasileira. Mas há outra corrente que percorre o país há tempo e que propõe um dilema que vai muito além do jogo político habitual: a civilização ou a barbárie. Nossa vertente de verdade, passa pelo fim de martírios como a da MARIELLE, ANDERSON, BARRRAGEM DE BRUMADINHO, ALUNOS DE SUZANO, FEMINICIDIO ESCANCARADO SEM SOLUÇÃO, AMARILDO, VITIMAS DAS BALAS PERDIDAS, GENOCÍDIO INDÍGENA & tantas e tantos anônimos derrubados nesta batalha que parece não ter fim . . .
Sabemos por experiência dolorosa que a liberdade nunca é voluntariamente dada pelos opressores, deve ser exigida pelos oprimidos; A justiça demasiado atrasada é justiça negada. Martin Luther King Jr.
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C A L E N D Á R I O – Não deixe vago o seu lugar!
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- DIA 05 às 19H & DIA 06 às 16H
DIA 05 às 19H: Conservadorismo, eugenia e política criminal.
Renato Kilombola – Membro do Coletivo Kilombagem | Graduado em Ciências Sociais pela Fundação Santo André | Mestre em Antropologia pela PUC/SP & Weber Lopes Góes – Graduado em História pela Fundação Santo André | Mestre em Sociologia pela UNESP | Doutorando em Ciências humanas e sociais pela Universidade Federal do ABC.
lançamento do livro “Ra cismo e eugênia no pensamento conservador brasileiro: a proposta em Renato Kehl.
DIA 06 às 16H: Punitivismo como ferramenta de extermínio e controle da população negra.
Gabrielle Nascimento – Graduanda em Direito pela PUCSP. Atua no Grupo de Trabalho Nacional para a Questão das Mulheres Presas da Pastoral Carcerária Nacional; Militante da Frente Estadual pelo Desencarceramento em SP e do Coletivo Minervino de Oliveira & Fábio Pereira – Graduando em Serviço Social pela Unifesp-BS. Membro do Grupo de estudos sobre sociedade punitiva, justiça criminal e direitos humanos – Gepex- dh, Membro do grupo Kilombagem, Apoiador da Associação de Familiares e Amigos de presos/as(AMPARAR) e da Frente Estadual pelo Desencarceramento em SP.
- DIA 07 às 10H
Missa solene de Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito dos Homens Pretos do Rio de Janeiro
Realização: Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito dos Homens Pretos do Rio de Janeiro (ereta em 1640)
Local: Santuário de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito dos Homens Pretos do Rio de Janeiro
Rua Uruguaiana n° 77 – Estação Uruguaiana do Metrô – Rio de Janeiro
Visite o MUSEU DO NEGRO no prédio anexo ao Santuário
- DIA 07 às 10H
CELEBRAÇÃO DA PALAVRA NO RITO ROMANO INCULTURADO EM ESTILO AFRO BRASILEIRO – CELEBRAÇÃO DA PALAVRA AFRO
Realização: Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito dos Homens Pretos da Freguesia de Penha de França
Local: Capela de Nossa Senhora do Rosário
Largo do Rosário – Penha – São Paulo/SP
- DIA 07 às 12H
ALMOÇO BENEFICENTE DA IRMANDADE DE SÃO BENEDITO DA
PRAIA GRANDE E SÃO PAULO
Realização: Irmandade de São Benedito da Praia Grande e São Paulo
Local: Associação dos Oficiais dos Militares do Estado de São Paulo
Rua Tabatinguera, 278 – Centro – São Paulo-SP
Custo: R$ 40,00
- DIAS 06 e 13
II CALOURADA PRETA – ABRE CAMINHO
O Coletivo Negro USP RP parabeniza a tod@s pela conquista e superação do mecanismo racista e elitista que é o vestibular. O Coletivo Negro USP RP é formado por alun@s negr@s do campus inteiro e atua desde 2014 na luta anti-racista dentro e fora da universidade. Nossas reuniões acontecem toda quarta-feira às 18h, atrás da Biblioteca Central e são fechadas para pessoas negras. Venham conhecer o coletivo e contribuir na sua construção.
Para recepcioná-l@s, preparamos com muito afeto a II Calourada Preta, um ciclo de atividades pensadas especialmente para nós alun@s negr@s. Confira abaixo as informações das atividades, inscrevam-se e participem. Aguardamos vocês com o coração quentinho!!
DIA 06 das 11H ás 17H: Afro-recepção e open food – Open Food – Estrogonofe de frango e/ou palmito – Suco – Refri
Chamamos vocês para um super almoção e uma roda de conversa para nos conhecermos e compartilhar vivencias/experiências de como é ser negr@ nessa vida.
DIA 13 das 13H às 17H: Arte é coisa de Preto! – Venha curtir uma tarde criativa com oficinas de bonecas Abayomi e camisetas com pinturas e estampas artesanais. Nossa convidada especial será a Dandara Nogueira, artista de Ribeirão Preto que atua na valorização da cultura afro por meio de pinturas autorais. Também teremos uma sessão de cinema com o filme “Corra!”, com direito a pipoca.
Local: COLETIVO NEGRO DA USP RIBEIRÃO PRETO
Av. Bandeirantes, 3600 – Ribeirão Preto-SP
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- DIA 06 às 16H
158º. FÓRUM DE LIBERDADE RELIGIOSA – ribeirão preto-sp
Participações especiais:
Pr. Hélio Carnassale – Líder de Liberdade Religiosa da Divisão Sul Americana; Pr. Acílio Alves Filho – Pastor Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Oeste Paulista; Dra. Damaris Dias Moura Kuo – Deputada Estadual; Dr. Samuel Gomes de Lima – Presidente da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania; Dr. Alcides Coimbra – Secretário Geral da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania; Dr. Tiago Corte Alencar – Membro da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania;
Dr. Orivaldo Ginel Junior – Defensor Público do Estado de São Paulo; Prof. Alexandre de Andrade – Líder de Liberdade Religiosa da Associação Paulista Oeste; Prof. Milton Panetto Junior – Membro da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania.
Local: CÂMARA MUNICIPAL DOS VEREADORES DE RIBEIRÃO PRETO
Av. Jeronimo Gonçalves, 1200 – Ribeirão Preto-SP
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- DIA 06 às 08H
ENCONTRO REGINAL DE FORMAÇÃO da Pastoral Afro-brasileira
Realização: Regional Sul 1 da CNBB
Local: Centro de Formação da Diocese Regional Belém
Estação Belém do Metrô
- DIA 07 às 12H
FEIJOADA COM RODA DE SAMBA & FEIRA PRETA
A primeira edição da nossa Feijoada, com Roda de Samba e Feira Preta, com empreendedores periféricos e negros de Ribeirão.
Um dia de muita alegria, diversidade, música, cultura, um almoço maravilhoso com Feijoada Tradicional, também na opção Vegana e aquele Samba pra fechar nosso Domingão! Também teremos expositores, marcas que trabalham com roupas, acessórios, artesanato, beleza, estética entre outros segmentos!
O evento é beneficente, organizado pelo movimento negro e a renda da Feijoada será revertida para nosso projeto que visa a construção e organização de um espaço, uma sede que seja referência para os debates raciais e para a economia preta na cidade. Espaço cultural, artístico, educacional aberto a todos e todas!! Apoie a economia preta e periférica, conheça nossa Feira! Em breve postaremos aqui todos os expositores, produtos e serviços que teremos na Feira!
Convites: R$ 20,00
Local: ARMAZEM BAIXDA
Rua Duque de Caxias, 141 – Ribeirão Preto-SP
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- DIA 08 das 09H às 13H
Convite destinado aos PRESBITEROS: Como fortalecer a SUH,
Promovendo impacto positivo na Pastoral Afro-brasileira Nacional
Realização: Pastoral Afro-brasileira no Regional Sul 1 da CNBB
Local: Rua José Bonifácio, 107 – CENTRO – São Paulo-SP
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- ATÉ O DIA 08
ENCONTRO DE CINEMA NEGRO ZÓZIMO BULBUL – ÁFRICA, BRASIL, CARIBE & outras Diásporas (12 anos)
1 – DA FINALIDADE: 1.1 – Este regulamento visa selecionar as produções audiovisuais de realizador@s Negr@s para o Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul Brasil, África, Caribe e outras Diásporas 2019, a ser realizado de 28-08 à 07-09-2019, no Rio de Janeiro/RJ. O Encontro tem por objetivo difundir e promover os filmes e realizar o intercâmbio entre realizadoras afro-braileir@s com países africanos e com a diáspora negra de qualquer parte do mundo. 1.2 – O Encontro, contempla filmes de curta, média e longa metragens, além de séries de TV e WEB, no formato digital, que tenham sido produzidos por realizador@ e produzido por negr@s.
2– DA ORGANIZAÇÃO: 2.1 – O Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul Brasil, África, Caribe e outras Diásporas, é uma realização do Centro Afro Carioca de Cinema.
3– PROCEDIMENTOS DE INSCRIÇÕES: 3.1 – A inscrição será gratuita e se realizará até o dia 08-04-2019. 3.2 – @s realizador@s, deverão realizar suas inscrições no formulário disponível online no site http://afrocariocadecinema.org.br/inscricoes-filmes-2019/, disponível para download no final deste regulamento. 3.3 – Enviar ficha de inscrição preenchida com fotos da Diretora e da Produtora para o e-mail: selecao.filmes@afrocariocadecinema.org.br.
Assunto: Inscrição de filme Encontro Zózimo Bulbul 2019.
Corpo do E-mail: Nome do filme, nome da Diretor/a, ano de lançamento.
3.4 – A realizadora, caso tenha sua obra selecionada, deverá preencher e assinar a declaração informando que dispensa cobrança de direito autoral sobre sua obra para exibição no Encontro. E que autoriza o uso de imagem e trilha sonora no material de divulgação do Festival (no máximo 3 minutos) ou de qualquer outro produto protegido por direitos autorais, conforme rege a Lei No 9.610/98. 3.5 – Os filmes selecionados para o Encontro farão parte do acervo do Centro Afro Carioca de Cinema Zózimo Bulbul, sob o compromisso de não serem utilizados para fins comerciais. 3.6 – Após ser selecionada, a realizadora, deverá enviar um envelope, identificado com nome e endereço completo do remetente, para o endereço informado na carta de aceite. A obra selecionada poderá ser enviada em HD externo, pendrive ou link no formato de exibição DCP, MOV (Codec h264), áudio estéreo em no mínimo 02 canais (L R).
4– DO PROCESSO SELETIVO: 4.1 – A seleção dos filmes para o Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul Brasil, África, Caribe e outras Diásporas será realizada por Curadoria Especializada.4.2 – A coordenação do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul Brasil, África, Caribe e outras Diásporas divulgará as produções selecionadas através de e-mail, site e redes sociais até o dia 30-05-2019. A – A coordenação do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul Brasil, África, Caribe e outras Diásporas irá requisitar às selecionadas, materiais promocionais vinculados ao filme, tais como fotos, cartazes e trailers. B – O e-mail pelo qual foi realizada a inscrição será o canal de comunicação da organização do Encontro com os/as inscritos/as.4.3 – Serão aceitas preferencialmente produções realizadas a partir de 2017.
5– CALENDÁRIO:5.1 – Inscrições online até 08-04-2019. 5.2 – Divulgação dos filmes selecionados até 30-05-2019.5.3 – Data limite para entrega da documentação entrega e do filme, em link ou pendrive/HD externo até 30-06-2019. 5.4 – Realização do evento 28-08 à 07-09-2019.
6– DISPOSIÇÕES GERAIS: 6.1 – A organização do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul Brasil, África, Caribe e outras Diásporas poderá exibir em qualquer meio de comunicação trechos dos filmes – em até 1 minuto de cada filme e/ou trailer – dos filmes participantes com fins de divulgação. 6.2 – A participação no Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul Brasil, África, Caribe e outras Diásporas implica na total aceitação deste regulamento.
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- DIA 13
RODA DE CONVERSA
FÉ E NEGRITUDE – Pastoral Afro-brasileira do Regional Sul 1 – CNBB
tema do ano: EU SOU NEGRO SIM, COMO DEUS CRIOU
Uma abordagem histórica da População Negra
Ciente disso, e afim de colaborar com a formação de nossas lideranças, que vêm realizando com muito afinco suas atividades nos mais diversos contextos sociais, propomos a criação de um espaço de diálogo, entre agente de pastoral, pesquisadores, lideranças do movimento negro de modo geral.
Trata-se do programa FÉ E NEGRITUDE, cujo objetivo principal é qualificar nosso conhecimento nas áreas da Cultura, História, Política, Religião, Ciências Sociais, Direito, Saúde etc., para que as nossa atividades cotidianas em prol da comunidade negra, possam gerar cada vez mais frutos, sobretudo neste momento, em que as ameaças contra a população negra, ganham novos contornos.
Organizado em encontros com três horas de duração, em cada um, abordaremos uma interface da população negra. Não se trata de um curso especifico, pois, os temas serão inter-relacionados em rodas de conversa.
coordenação: Pe. Luiz Fernando – Assistente Eclesiástico do Regional da Pastoral Afro-brasileira
local: CENTRO PASTORAL BELÉM
Av. Álvaro Ramos, 366 – Estação Belém do METRÔ – São Paulo-SP
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- DIA 13 às 19H
FESTA DA PIZZA JESUS ADOLESCENTE – MAMA MIA – com música ao vivo, & Manja que fate bene
Realização: Pastoral Afro de Jesus Adolescente
Local: Paróquia de Jesus Adolescente
Rua Arquiteto Heitor de Melo, 97 – Vila Dalila – São Paulo-SP
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- DIA 20 DAS 09 ás 12H
FRANCOFONIA NA RURAL – RODAS DE CONVERSA:
Francofonia – estabilidade cultural & auto estima identitária
Palestrante: Alain Pascal Kali – UFRJ
O que é cinema francofono na África
Palestrante: Marina Berthet – UFF
Local: AUDITÓRIO PAULO FREIRE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
- DIA 21 as 13H
VAMOS SARAVÁ OGUM
Grande homenagem a São Jorge Guerreiro
local: Quadra da Águia de Ouro
Av. Presidente Castelo Branco, 7683 – Marginal Tietê
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- DIAS 25 a 28
ROMARIA DEVOCIONAL AO BEATO PADRE VICTOR, no seu
Santuário em Tres Pontas-MG
Realização: Pastoral Afro-brasileira da Região Brasilândia
Dom José Maria Pires – Dom Zumbi
Contato: Paróquia de Santo Antonio
Rua Parapuã, 1903 – Vila Brasilândia
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- DIA 23
FESTA DO PADROEIRO DO RIO DE JANEIRO: É DIA DE SÃO JORGE
No dia 23 de abril, comemora-se o Dia de São Jorge, especialmente no Rio de Janeiro, onde a data é considerada feriado estadual. Conhecido como “o grande mártir” ou “santo guerreiro”, São Jorge é conhecido por favorecer a todos que a ele recorrem durante batalhas, questões complicadas, perseguições e injustiças. No Candomblé e na Umbanda, São Jorge é associado a Ode, Ogum e Oxossi, sendo solicitado como defensor das almas contra as tentações, demônios e suspeitas de feitiço.
Durante o século III, Jorge de Anicii era um guerreiro da Capadócia (Turquia) e foi soldado do exército do Imperador Diocleciano, conhecido por perseguir cristãos. Filho de pais cristãos, Jorge converteu-se ao Cristianismo ainda na infância, mudou-se para a Palestina com sua mãe, após a morte de seu pai. Entrou para o serviço militar romano e destacou-se por sua coragem, inteligência e força física.
Entretanto, Jorge não aceita o posicionamento anticristão de Deocleciano. O militar chegou a afrontar diretamente o Imperador, ao defender a figura de Jesus Cristo. Foi perseguido, preso e ameaçado para que renunciasse a sua fé e seu amor por Cristo. Tendo se negado a abdicar de suas convicções, foi degolado na Palestina no dia 23 de abril de 303.
Muitas lendas foram criadas sobre os feitos de São Jorge. Entre elas, a mais famosa relata seu duelo com um dragão, no intuito de defender possíveis vítimas de seus ataques. A cena compõe a imagem que o representa, na qual O vemos montado sobre um cavalo branco, vestido com sua armadura, segurando uma lança que atravessa o corpo do dragão.
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- DIA 23 às 19H
CLINICA DE PSICOLOGIA Reencontrar
A Clínica Re-encontrar e suas psicólogas tem se preocupado com os números alarmantes de violência contra a mulher, feminicídio e outros temas relativos as mulheres na atualidade e também com o seu adoecimento. Pensando na necessidade de novos espaços para promover a saúde e bem estar para essas mulheres, pensamos no Grupo de apoio Psicológico para Mulheres; como um espaço destinado para você mulher que deseja cuidar das suas emoções, autoestima e
aprender a valorizar o que você tem de melhor. Venha fazer parte desse espaço
único para darmos novos sentido ao que é SER MULHER!
Observando ás necessidades das mães de terem espaços que sejam apropriados também para suas crianças, iremos oferecer um espaço infantil com monitoria, para que as mães possam aproveitar o seu momento de autocuidado no grupo.
Local: Av. José Rodrigues da Costa Sobrinho, 1550 – FRANCA-SP
Inscrição: (16) 99415-7960
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- Dia 26 as 19H
BATUQUE MATRIARCAL
Realização: Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos do Rio de Janeiro
Local: Espaço Cultural do Beco do Rosário
Rua Uruguaiana n° 77 – Estação Uruguaiana do Metro – Rio de Janeiro/RJ
Visite o Museu do Negro no mesmo local.
- DIA 28 às 14H
II ENCONTRO DE CRESP@S, CACHEAD@S & TRANÇAD@S
Realização e organização: ROJUNE
Oficinas, Roda de conversa, Apresentações Culturais, Gincana, Musica, Performances, & muitos prêmios e sorteios de produtos para deixar com mais poder o nosso cabelo!!! É o nosso momento de empoderamento e liberdade.
Local: Parque Maurilio Biaggi
Rua Elpidio Gomes – Ribeirão Preto-SP
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- DIA 28 & 29
MAGNIFICA FESTA EM LOUVOR E GLÓRIA DE SÃO BENEDITO
Fé, canto, dança e louvor a Deus através das virtudes de São Benedito! A grandiosa festa de São Benedito de Aparecida chega a sua 110ª edição. Um momento de alegria pela Páscoa do Senhor, onde podemos festejar nosso santo cozinheiro.
Local: SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDADE
Aparecida – SP
- DIAS 27 a 29
FESTA DE SÃO BENEDITO de 2019 – 110 ANOS DE Tradição e Fé – ENCONTRO NACIONAL DE CONGADOS
Aparecida (SP) realiza a maior manifestação religiosa & cultural do estado de São Paulo. É a tradicional Festa em louvor e Glória de São Benedito, realizada pela Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida e São Benedito, que, neste ano, chega a sua 110ª edição.
Em seus nove dias de festa, o evento recebe cerca de 300 mil pessoas, público 8 vezes maior do que a população local de Aparecida. A realização acontece nos arredores da Igreja de São Benedito, localizada na praça Dr. Benedito Meirelles, centro de Aparecida, próxima à Matriz Basílica, Terminal Rodoviário e Santuário Nacional. O evento centenário marca uma grande devoção do povo por esse santo muito querido pelos brasileiros, considerado “padroeiro dos cozinheiros”.
Em sua programação, na parte litúrgica, haverá novenas, caminhada de fé, carreata, terço, procissão e missas. Na parte recreativa, haverá quermesse e bingo todos os dias após a novena, além de gincana escolar, leilão de gado, gincanas, apresentação de congadas, moçambiques e os tradicionais bonecos João Paulino e Maria Angú.
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- DIA 27 às 14H
ENCONTRO DE FORMAÇÃO da Pastoral Afro-brasileira
Da Região Episcopal Brasilândia
Realização: Pastoral Afro-brasileira da Região Brasilândia
Local: Paróquia de Santo Antonio da Brasilândia
Rua Parapuã, 19093 – Brasilândia – São Paulo-SP
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- DIA 28
MISSA SOLENE NO RITO ROMANO INCULTURADA NO ESTILO DO NORDESTE BRASILEIRO
REALIZALÇAO: PASTORAL AFRO-BRASILEIRA DA VILA NHOCUNÉ
Local: PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA APARECIDA
Rua São Vitório, 469 – Vila Nhocuné – São Paulo-SP
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ESCOLA NACIONAL DE ENERGIA POPULAR – ENEP
COLÔNIA VAZ DE MELO – ZONA RURAL – Viçosa-MG
DIOCESE DE MARIANA – MG
DIA 04 – Curso de Homeopatia (Turma II – Fernanda) – Módulo VI
DIA 06 – Reunião Arquidiocesana da Dimensão Sociopolítica
DIAS 06 e 07 – Reunião FOPPIR/FOMENE – Cataguases
DIAS 08 a 12 – Curso de artesanato e móveis de bambuí na ENEP
DIA 09 – Reunião mensal da ENEP 10 – Monitoramento Permanente da Conjuntura às 19h – Povos Indígenas – ENEP – Viçosa
DIA 13 – Curso de Homeopatia (Turma II – Lúcia) & Encontro de Formação Política na ENEP
Dias 26 a 28 – CURSO DE FÉ E POLÍTICA DA ESCOLA DE FÉ E POLÍTICA DOM LUCIANO DE ALMEIDA – 2019: Tema: Fé e compromisso
DIAS 26 a 28 – 2º Módulo do Curso de Fé e Política da Escola de Fé e Política Dom Luciano – Conselheiro Lafaiete
DIAS 27 e 28 – Encontro de Formação sobre a Laudato Si – Ponte Nova – Região Leste
DIAS 27 e 28 – Curso de confecção de tambores na ENEP – 2ª etapa
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VI CURSO DE FORMAÇÃO DO ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E
AFRICANA EM DIADEMA-SP – 2019
Quem somos?
O Fórum de Promoção da Igualdade Racial Benedita da Silva fundado em 05 novembro de 2012 por lideranças e representantes das Entidades e Associações do Movimento Negro.
O Curso de Formação do Ensino da Cultura Afro-brasileira e Africana organizado pelo Fórum de Promoção da Igualdade Racial “Benedita da Silva” em parceria com a Câmara Municipal de Diadema. Essas Entidades/Associações há mais de vinte anos vêm se reunindo e discutindo políticas de ações afirmativas e a erradicação de toda e qualquer forma de racismo e de preconceito em Diadema.
O objetivo deste curso será ampliar os nossos conhecimentos sobre a história e a realidade de lutas do movimento negro brasileiro, com ênfase em Diadema. O curso também traz a iniciativa de colaborar e contribuir na aplicação da lei federal 10.639/03 e 11.645/08 que alterou a Lei de Diretrizes Básicas do Estado Nacional, tornando obrigatória a inclusão das culturas africanas e afro-brasileira, e a história do povo indígena na estrutura curricular do Ensino Fundamental e Médio público e privado, bem como também discutir, divulgar e fazer valer o Estatuto de Igualdade Racial aprovado em 16 de junho de 2010.
Calendário do Curso para este mês:
DIA 06: Racismo no Brasil e a e Branquitude
DIA 13: Filosofia Africana
DIA 27: Segurança Pública e Direitos Humanos Étnico- Racial
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LEITURA OBRIGATÓRIA :
Cláudio Guerra: o pastor que assassinava e queimava corpos na ditadura militar
Bruna Caetano (Brasil de Fato)
“Você sabe que esses comunistas têm que morrer, e sei que você é um patriota. Precisamos de você.” É assim que, em 1973, Cláudio Guerra é convidado pelo Coronel Perdigão (Freddie Perdigão Vieira) e pelo Comandante Vieira, a compor a Operação Radar, que executou 19 militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ex-delegado e atual pastor da Assembleia de Deus, ele confessa os crimes cometidos durante a ditadura civil-militar no Brasil em uma entrevista de 70 minutos documentada pela diretora Beth Formaggini (confira abaixo entrevista com a diretora). O resultado é o filme Pastor Cláudio, que estreou nessa semana, e relata como eram feitas as execuções de militantes do PCB e como os corpos torturados pelo Estado eram incinerados.
O pastor – como prefere ser chamado – inicia a entrevista portando uma bíblia em mãos. Agora um senhor de cabelos brancos, ele tinha cerca de 30 anos quando começou a cometer as atrocidades junto ao regime ditatorial. A entrevista é conduzida pelo psicólogo e militante dos direitos humanos, Eduardo Passos, que se esforça de entender como funciona a mente de Guerra. O ex-delegado chega a afirmar que seu trabalho proporcionava sensação de poder e superioridade.
Modus operandi
Após convite para compor a operação, começou a receber a missão de matar pessoas supostamente envolvidas com a militância contra o regime. Depois, sua função passou a ser de queimar os corpos de pessoas torturadas pelo DOI-CODI, o que era feito em uma usina em Campos, no Rio de Janeiro.
Guerra foi um dos responsáveis pelo desaparecimento político de diversos presos pelo Estado durante os anos de chumbo, deixando muitas famílias sem respostas até o lançamento de seu livro Memórias de uma Guerra Suja, onde narra diversos episódios dos anos de repressão. Ele foi beneficiado pela Lei de Anistia, e nunca foi punido pelos crimes que cometeu.
O pastor é responsável por incinerar, em Campos, João Batista Rita, Joaquim Pires Cerveira, Ana Rosa Kucinski, Davi Capistrano, João Massena, Fernando Augusto Santa Cruz, Eduardo Collier Filho, José Roman, Luiz Ignácio Maranhão, Armando Teixeira Frutuoso e Thomaz Antônio Meirelles.
Para a diretora do filme, Beth Formaggini, resgatar a memória sombria da ditadura militar no país é importante neste momento em que as forças de extrema direita tomaram a o poder.
Brasil de Fato: Como foi escolhido o formato do filme?
Beth Formaggini: O formato surge quando vou procurar Ivanilda Veloso, viúva do Itair José Veloso. Ela é personagem do meu outro longa, o Memórias para uso diário. Por que a Ivanilda? Porque o marido dela foi assassinado na Operação Radar, que é a operação que o Cláudio participou. O Cláudio atuou nessa operação não só assassinando membros do Partido Comunista, mas também incinerando corpos de outros militantes que foram assassinados dentro dessa operação. Eu procuro a Ivanilda e falo: “Ivanilda, saiu o livro do Cláudio e no livro ele confessa todos esses crimes. É possível que ele saiba algo sobre seu marido”. Como ele era desaparecido, ela estava desde 1975 buscando alguma informação da prisão, do assassinato e da localização do corpo do marido. Uma mulher apaixonada.
Perguntei se ela topava gravar uma pergunta para o Cláudio. Pego a pergunta dela e projeto junto com trechos de arquivos do filme, onde ela está procurando algum indício de que o marido foi preso pelo Estado, e realmente encontra. Projeto para o Cláudio para que ele possa ajudá-la a encontrar esse corpo, saber quem matou, onde morreu, onde foi enterrado. A gente usou um depoimento do Marival Chaves, que foi projetado no estúdio, em que ele diz que o corpo foi jogado no Rio Avaré, aqui em São Paulo.
Muitas famílias ficaram sabendo do paradeiro de entes desaparecidos políticos pelo filme?
Muita gente infelizmente ficou sabendo pelo livro, das matérias de jornal, do filme. Quando o filme passou no cinema Odeon, teve um depoimento muito emocionado de uma pessoa que estava lá e descobriu que um grande amigo havia sido incinerado pelo Cláudio. O Estado que foi responsável por esses crimes, pelos desaparecimentos, ele deixou essas famílias sem informações até hoje. Esse crime de ocultação de cadáveres é um crime que não termina nunca. Uma mãe está sempre esperando a volta de um filho se ela não viu o corpo. Eu acho que o que a gente queria era que tivesse um agente do Estado, um violador de direitos, anunciando suas próprias violações para que a gente tivesse esse relato para pensar nos dias de hoje, porque pessoas continuam desaparecendo e sendo assassinadas pela mão do Estado. A mão que deveria proteger o cidadão.
Como foi o primeiro contato com o Cláudio?
Eu li o livro e, através dos jornalistas que escreveram o livro com ele, eu cheguei até ele e ele concordou. Não foi difícil. Na verdade, o que acontece nessa conversa é que o Cláudio conta uma parte da história. Outra parte, ele não conta. Essa parte ele diz que é o que mantém ele vivo, que ele contou para várias pessoas e se acontecer algo com ele, essas pessoas vão relatar. É só a ponta do iceberg.
Ele escolheu alguns fatos para contar. A diferença do filme é a presença do Eduardo, psicólogo, que traz muitas nuances. Consegue falar sobre o gosto dele pelo poder, sobre o medo que ele têm hoje em dia, da direita. A prática de escuta do psicólogo faz com que a gente compreenda um pouco sobre o que está por trás das palavras.
Acho que hoje a gente precisa refletir. Crimes como esse da Marielle, em que existe uma tentativa [por parte de uma hipótese da investigação] de incriminar uma pessoa como se fosse uma coisa isolada, mas na verdade alguém paga por esses crimes. O Cláudio recebia por cada pessoa que ele matava ou incinerava. Ele fala até o banco que o pagava. Hoje, ainda existem essas práticas de assassinatos, desaparecimentos. A mesma mão que pagava o Cláudio Guerra continua pagando. É a extrema direita, o empresariado, uma parte da elite. A direita financia isso para que as coisas continuem como estão, ou piorem.
Agora, a gente tem um governo que está flexibilizando as leis trabalhistas, direitos humanos. Esse filme é muito atual, porque a gente precisa pensar o Brasil para que a gente consiga minimamente resistir contra essas coisas.
E como isso pode se dar?
O filme chega em um momento do Brasil em que essas forças estão se rearticulando. Desde o impeachment da presidenta Dilma existe esse grupo de empresários, ruralistas, e todo um movimento contra os direitos humanos, os direitos indígenas, dos quilombolas. Todo um discurso que estimula a violência contra negros, LGBTI+, contra a liberdade das mulheres. É um momento de retrocesso muito grande e o filme nos faz pensar [sobre] a história do Brasil, e ver que o presente está impregnado desse o passado, e o futuro pode ficar ainda mais se não pararmos para discutir essas questões com cada um. É obrigação de cada um de nós conversar sobre isso. O filme traz esse tema para a conversa.
Como foi acompanhar essas histórias tão pesadas?
Foi muito duro. A gente claramente estava conversando com o inimigo, alguém que estava do outro lado, embora ele seja um personagem complexo que diz que se converteu e diz querer ajudar. Ele é um arquivo muito grande, e abriu apenas uma gavetinha. Acho que ele é um personagem complexo, e temos que ter esse filme como uma tentativa de trazer luz para uma história que só tem véu encobrindo. Hoje em dia existe ainda há uma violência muito grande por parte do Estado, em que geralmente a imprensa dá razão para a polícia quando ela mata de forma indiscriminada. Se coloca como “auto de resistência”. O governador do Rio de Janeiro, por exemplo, fala sobre “abater os marginais”, como se fossem gado. É uma experiência muito dura lidar com esses temas, e acho que é dura, mas temos que trabalhar com a história.
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