A queda generalizada dos preços dos combustíveis e bens impõe este ano “desafios difíceis” a países em desenvolvimento, como Moçambique e Angola, que passam a ter mais dificuldades em pagar empréstimos, refere um relatório do Banco Mundial divulgado na quinta-feira.
No relatório actualizado sobre as “Perspectivas Econômicas Globais-2015”, o Banco Mundial baixa para 4,4 por cento a previsão de crescimento dos países em desenvolvimento, cujo desempenho tem impactos na economia mundial e traduz “um frustrante quarto ano consecutivo de crescimento”, 2,8 por cento.
O relatório sublinha que a crescente valorização do dólar dificulta o pagamento das dívidas externas de países como Angola, que é afectado pela condição de ser exportador de petróleo, e Moçambique, que beneficia da redução da factura de importação de combustíveis, mas é prejudicado pela baixa dos preços das mercadorias que exporta.
O relatório acentua também que a economia angolana regista este ano um crescimento de 4,5 por cento, antecipando uma quebra de 0,6 pontos para 2016 (3,9 por cento), mas que recupera em 2017, cinco por cento.
Dos países africanos de língua oficial portuguesa, Moçambique é o que mais cresce este ano, com uma expansão do produto interno bruto (PIB) de 7,2 por cento, assim como nos dois anos seguintes, 7,3.
Cabo Verde deve crescer este ano três por cento, 3,4 por cento em 2016 e 3,5 por cento em 2017.
Na Guiné-Bissau o PIB deve ser este ano de 4,2 por cento, de 3,9 em 2016 e de quatro por cento em 2017 e 2018. A Guiné Equatorial deve registar um período de recessão até 2017, ano em que a sua economia cresce 3,7 por cento, depois de uma contracção de 3,1 por cento em 2015 e de 15,4 por cento em 2016.
O relatório do Banco Mundial não menciona a previsão de crescimento em São Tomé e Príncipe.
http://jornaldeangola.sapo.ao/economia/banca/banco_mundial_anteve_dias_mais_dificeis
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