O secretário de Estado afirmou que o número de trabalhadores na Função Pública ainda é muito reduzido, porque no país apenas dois em cada 100 habitantes são funcionários públicos, enquanto que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) define que a média são de oito trabalhadores para 100 habitantes.
Em 1997, Angola tinha 195.786 funcionários públicos (pessoal não técnico: 72,6 por cento, carreira técnica média: 23 por cento; carreira técnica: 0,3 por cento; carreira técnica superior: 3.5 por cento), segundo o secretário de Estado. Com este número, não é possível realizar um bom trabalho na Administração Pública.
Entre 1991 e 1997, o crescimento dos efetivos foi de 49,3 por cento, de 1997 a 2000 teve um ligeiro crescimento para 200.261 trabalhadores.De 2002 a 2012, teve um crescimento de 87 por cento, onde atingiu 374.875 funcionários públicos. Mesmo assim, segundo António Paulo, este número não foi considerado suficiente, porque houve naquela altura necessidade de se fazer uma expansão dos serviços públicos em todo território nacional.
Dados do último Censo, de 2014, definem que o sector da Educação registou 203.877 funcionários (cerca de 51 por cento) – técnicos: 194.921 (96 por cento); não técnicos: 8.956 (4 por cento); Justiça: 7.883 (técnicos e não técnicos).
Os dados indicam que existe mais pessoal administrativo na Educação do que em todo setor da Justiça, que dispõe de vários serviços como conservatórias, registos civil, predial e automóvel, serviços de cartórios notariais, pessoal para emissão de bilhete identidade, para registo criminal, dos cartórios e dos tribunais (escrivães e oficiais de diligência).
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