A empresa Bioenergia de Angola (Biocom) começa a produção de açúcar, energia eléctrica e etanol, a partir de Junho, disse, ontem, em Malanje, o director de relações institucionais.
O projecto reúne todas as condições criadas para, no próximo dia 16 de Junho, iniciar sem interrupção o seu funcionamento, esclareceu Luís Bagorro, por ocasião da visita da ministra da Indústria, Bernarda Martins às instalações da empresa, em Cacuso.
A fábrica prevê produzir, na primeira colheita, milhares de toneladas de açúcar, elevadas quantidades de etanol e cerca de 230 gigawatts de energia eléctrica para abastecer a cidade de Malanje.
A Província de Malanje tem todas as condições para responder à preocupação do Executivo com a diversificação da economia com a entrada em funcionamento, na sua totalidade, das principais unidades industriais, disse a ministra da Indústria.
“Apelo aos empresários nacionais e estrangeiros a investirem em Malanje, tendo em conta as potencialidades que a província oferece em várias áreas e as condições preparadas pelo Executivo para o investimento privado”, acrescentou Bernarda Martins.
A ministra da Indústria fez o lançamento do Pólo industrial de Malanje e visitou as fábricas de sapatos com capacidade de produção diária de 250 pares, a unidade fabril de processamento de soja e a fazenda vocacionada para a produção de farinha torrada e fuba de bombó.
“Está prevista a criação de 23 pólos industriais ao nível das dezoito províncias do país, tendo em vista a promoção e competividade da industria nacional”, explicou a ministra da Indústria.
Os pólos funcionam como empresas âncoras para propiciar outros projectos estruturantes relacionados com a melhoria da rede de transportes, com as plataformas logísticas e com o processo de distribuição de energia e água.
Vantagem competitiva
A ministra da Indústria considerou que a posição estratégica de Malanje proporciona às empresas da região vantagens competitivas para a classe empresarial movimentar as matérias-primas e os produtos pelo país e para o exterior.
Bernarda Martins acredita que, através do pólo industrial, a região dinamiza a agro-indústria, a pecuária e outros sectores, “aproveitando as matérias-primas e a beleza natural que o território possui”.
O governador provincial de Malanje referiu que o pólo tem o significado e importância “relevantes” para a prossecução dos objectivos traçados pelo Executivo, e é um dos principais eixos do programa de industrialização do país.
O pólo industrial de Malanje e os demais pólos de desenvolvimento industrial representam um dos principais suportes da materialização do desafio de diversificação da economia, para a tornar menos vulnerável às consequências resultantes da redução do preço do petróleo, referiu Norberto dos Santos. “Temos a certeza de que com a vontade do Governo Provincial e dos agentes económicos, a Província de Malanje faz jus ao desafio que ora lhe é lançado, de reanimar a actividade industrial e projectá-la para os patamares que são consentâneos com a sua grandeza e potencialidades.”
Os empresários locais exprimiram satisfação pela estratégia do Executivo para potenciar a indústria nacional. José Marque, que aposta na agro-indústria, trabalha na instalação de uma unidade de descasque de arroz.
Títulos provisórios de ocupação de terrenos no pólo de desenvolvimento industrial foram entregues a dez empresas. O Pólo de Desenvolvimento Industrial de Malanje possui 3.680 hectares de terra arável.
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