por Ivair augusto Alves dos Santos
Angola produz apenas 0,20 por cento das necessidades do mercado. Apesar de possuir imensas potencialidades para atingir a autossuficiência neste setor, o país gasta elevadas somas de divisas na importação de frango. Em 2015, foram importados 360 mil toneladas de frangos, que custaram 450 milhões de dólares aos cofres do Estado.
A carne de frango pode ser produzida no interior do Angola, pois no momento só é realizada nas cidades do litoral, ou em zonas ligadas ao litoral, por haver maior quantidade de matéria-prima, onde a produção de cereais, como o milho e o arroz tem grande peso na alimentação da população e da produção de ração.
Empresário defende que a Agricultura não deve pagar impostos
O ministro da Agricultura, Afonso Canga, manifestou-se otimista com a produção de cereais, por mais empresários investirem neste subsetor agrícola. Neste momento, o mercado precisa de 43 mil toneladas de milho, 22 mil toneladas de soja, 130.520 toneladas de batata rena, uma meta que pode ser atingida nos próximos com o empenho dos agricultores.
Em 2015, Angola produziu 1.878.305 toneladas de milho e 45.322 mil toneladas de arroz, quantidades que o ministro considera insignificantes para satisfazer a indústria de fubá e rações. Para este ano, o setor prevê produzir 2.874.224 toneladas de milho e 45.322 mil toneladas de arroz.
José Severino disse que Angola deve crescer mais de dois dígitos no setor agrícola “para que quando se abrir a zona de livre comércio não se fique de rastos”.
Para isso, o empresário industrial sugere subsídios ao combustível agrícola e isenções fiscais. “A agricultura não deve pagar impostos”, afirmou.
Angola é um dos grandes importadores de carne de frango do Brasil – em 2014, foi o décimo maior importador. Os exportadores norte-americanos tem em Angola o seu segundo maior importador, logo após o México.
No ano de 2014, as vendas de carne de frango dos EUA para Angola somaram 231,7 mil toneladas e, conforme relatório do USDA, proporcionaram ao país renda próximo dos US$300 milhões.
O Brasil, por sua vez, exportou para Angola (dados da SECEX/MDIC) perto de 103 mil toneladas, volume que propiciou receita cambial de US$145 milhões.
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