Veja um pouco sobre a história do primeiro engenheiro negro a se formar em escola Militar
Para finalizar o conteúdo especial produzido devido ao aniversário de São Paulo, trazemos mais um nome de uma figura importante para o Brasil, que teve seu nome ligado a uma rua da cidade.
André Rebouças (1838 – 1898), nasceu em Cachoeira, província da Bahia, no dia 13 de janeiro de 1838. Filho do advogado Antônio Pereira Rebouças, um mulato, autodidata, e de Carolina Pinto Rebouças, filha de um comerciante.
Foi um engenheiro, professor, monarquista e abolicionista brasileiro, primeiro engenheiro negro a se formar pela escola Militar. Ele passou seus últimos 6 anos trabalhando pelo desenvolvimento de alguns países africanos.
Dois dos seus seis irmãos, Antônio Pereira Rebouças Filho e José Rebouças, também eram engenheiros. André ganhou fama no Rio de Janeiro, então Capital do Império, ao solucionar o problema de abastecimento de água, trazendo-a de mananciais fora da cidade. Servindo como engenheiro militar na guerra do Paraguai, André Rebouças desenvolveu um torpedo, utilizado com sucesso.
Em 1871, André e seu irmão Antônio, também engenheiro, apresentaram ao Imperador D. Pedro II o projeto da estrada de ferro ligando a cidade de Curitiba ao litoral do Paraná, na cidade de Antonina. Quando da execução do projeto, o trajeto foi alterado para o porto de Paranaguá. Até hoje, essa obra ferroviária se destaca pela ousadia de sua concepção.
Ao lado de Machado de Assis, Cruz e Souza, José do Patrocínio, André Rebouças foi um dos representantes da pequena classe média negra em ascensão no Segundo Reinado e uma das vozes mais importantes em prol da abolição da escravatura. Ajudou a criar a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, ao lado de Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e outros. Participou também da Confederação Abolicionista e redigiu os estatutos da Associação Central Emancipadora.
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