Uma das alas mais badaladas e esperadas pelo público, o Samba-Cênico, trupe de atores sambistas liderados pelos atores Régis Santos e Raphael Bueno, completou 15 anos na passarela do samba desfilando pela Estrela do Terceiro Milênio, agremiação que estreou no grupo Especial pela primeira vez.
O Samba-Cênico nasceu com a missão de “teatralizar o carnaval e carnavalizar o teatro” e fazer um outro espetáculo dentro do desfile. Para compor com o enredo “Me dê sua tristeza que eu transformo em alegria. Um tributo à arte de fazer rir”, tema idealizado pelo carnavalesco Murilo Lobo, Régis e Raphael recriaram em forma de cordel, mesclando o teatro titeriteiro (teatro com bonecos), com ações cênicas de cortejo e malandragens, a obra teatral de 1955, de Ariano Suassuna, “O Auto da Compadecida”.
“A Milênio nos proporcionou poder comemorar esses 15 anos com uma releitura incrível dessa clássica comédia do cinema brasileiro. É uma emoção para nós! O público vibrou, aplaudiu e se envolveu com a nossa encenação. Foi mágico!”, conta Régis Santos.
Com um elenco formado por 112 componentes, o Samba-Cênico apresentou um elemento alegórico, criado pelo cenógrafo Carlos Sá, em formato de carroça com uma escultura de Jesus e Nossa Senhora da Compadecida negros. Os atores usaram figurinos em preto e branco estilo cordel inspirados nas gravuras de J.Borges e criados pelo estilista Carlos Gardin.
Durante a apresentação, Nossa Senhora da Compadecida, que surgia de dentro do elemento alegórico (erguida por um elevador que ficava no interior da pequena alegoria), flutuava no céu colorido com desenhos inspirados em cordel, na forma de um gigante tecido se abria. Após a graça da salvação do inferno concedida pela Santa, os figurinos se tornavam coloridos. A Ala se apresentou no segundo setor da escola.
“Esse ano realizamos uma das apresentações mais marcantes da história da ala! Passa um filme sobre tudo que já realizamos! Nascemos em 2008, na escola de samba Rosas de Ouro, com a performance do filme “O Perfume – A história de um assassino”, de Patrick Suskind. O sucesso foi tanto que estamos há mais de uma década no maior espetáculo da Terra. É fantástico”, relembra Raphael. O Samba-Cênico Teatralizar o Carnaval & Carnavalizar o Teatro contou com o apoio do Programa de Ação Cultural: Proac Direto 38/2020.Toda organização da ala foi feita pelos assistentes diretores Janaína Mello, Jamily Leopoldino, Neusa Maria, Manuela Lima, Mercedes e Edson Sessé pois Régis Santos e Raphael Bueno estiveram na comissão de frente da escola.
Coreógrafo Régis Santos
Com 45 anos de Carnaval, o renomado diretor, coreógrafo, ator e produtor teatral Régis Santos faz sucesso há 15 anos com a fusão dessas duas expressões artísticas nos desfiles das escolas de samba de São Paulo com a companhia Ala Samba-Cênico. O artista possui respeitada trajetória na folia paulistana, onde já foi passista, chefe de ala, destaque de alegoria, mestre-sala, apoio de casal, diretor cênico, coreógrafo e compositor.
Nos palcos, tem importantes peças no currículo como “Cidadão de Papel”, “Prometeu Enjaulado” e “Torre de Babel”. Também atuou em musicais como “Casa de Brinquedo e Canção para os Direitos das Crianças”, de autoria de Toquinho, e “Os Possessos”, com direção de Antônio Abujamra. Já na telona participou de “Carandiru, o Filme”, “Meu Nome é Bagdá”, entre outros.
Assessoria de imprensa Ala Samba-Cênico
Lara Schulze – 9.49861313
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